Subvariante da Ômicron já circula no estado, causando pico de quase 2 mil casos por dia e mortes
Foto: Divulgação
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A quarta onda da Covid-19 já é uma realidade, de acordo com a bióloga e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Rondônia, Deusilene Vieira, com doutorado em Biologia Experimental e pós-doutorado em virologia molecular.
Tanto que os boletins publicados todos os dias pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e repercutidos pelo Rondoniaovivo, trazem quase 2 mil casos e mortes pela doença. Um pico que não ocorria desde fevereiro, e agora voltou, com centenas de casos em junho e começo de julho, segundo ela.
“Nós já estamos vivenciando essa quarta onda. Em junho e começo de julho esse cenário do aumento de casos. É uma onda diferenciada das outras três ondas que vivenciamos. Pois neste momento nós temos a vacina e ela está ajudando a minimizar a situação. Mesmo que tenhamos muitas pessoas infectadas, elas não estão em um estado grave da doença”, destacou a especialista.
Ainda de acordo com a doutora na área da Biologia, a situação só não está pior por conta das vacinas disponíveis para a população em geral.
“Parte desses indivíduos estão totalmente imunizados, seja com duas doses, outros com três e alguns até com a quarta dose. E temos as crianças que já começaram seu processo de imunização. Já vemos essa quarta onda com a subida de casos, mas sem tanta representatividade da situação grave que vivenciamos em 2020 e 2021”, pontuou ela.
Doutora Deusilene Vieira em entrevista ao programa Conexão Rondoniaovivo nesta semana - Foto: Reprodução
Deusilene Vieira também explica os motivos da Covid-19 ainda estar presente na rotina da população mundial.
“Dentro da doença existem as mutações. Aí surgem as variantes e subvariantes. São essas que causam graves problemas. Neste momento a de maior circulação é a ômicron. Tivemos um pico em janeiro e fevereiro, e agora, um novo pico. É que surgem novos segmentos. Eu que já tive Covid no passado, já fui vacinada, eu posso desenvolver a doença. Só que diferente do passado, eu desenvolvo uma doença com característica de resfriado”.
Nova forma
A doutora também detalha quais são os sintomas que as pessoas vacinadas desenvolvem ao contrair a Covid-19.
“O que os doentes têm reclamado é daquela coriza, o nariz congestionado e a dor de garganta, que é um perfil bem comum de quem está pegando Covid agora. E muitas dessas pessoas estão ficando mais do que cinco dias doentes. Tem gente que fica oito ou 10 dias com esses sintomas. Estava tudo tranquilo e quando vem esse pico de novos casos, é por causa da entrada dessa nova subvariante na região".
Deusilene Vieira também fez um alerta para quem ainda não acredita na ciência e não aceita tomar as vacinas que protegem dos efeitos devastadores da Covid-19: basta apenas analisar os fatos que aconteceram após a distribuição dos imunizantes para a sociedade.
“Só olhar a história, ver o tanto de casos antes da vacina e depois da vacina. Se você não acredita na ciência, veja a história. A gente tem que lembrar que ela protege as pessoas principalmente das formas graves. Essa vacina é que não está deixando nossos hospitais nem as UTIs lotadas. Essa vacina é que está permitindo que não tenhamos tantas mortes. Então, quem não tomou a segunda, terceira ou quarta dose, procure uma unidade de saúde. E quem não tomou nenhuma, se vacine, pois é ela que vai permitir que não voltemos ao passado”.
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