OSSOS SUMIRAM: A NASA descobriu um efeito inesperado da ausência de gravidade

Os fêmures dos camundongos, submetidos a esforços mecânicos na Terra, perderam até 30% de sua densidade

OSSOS SUMIRAM: A NASA descobriu um efeito inesperado da ausência de gravidade

Foto: Reprodução

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Camundongos enviados por 37 dias à Estação Espacial Internacional apresentaram uma perda óssea preocupante. Ao contrário do que se pensava, esse fenômeno não afeta uniformemente o esqueleto, mas atinge especificamente os ossos normalmente estimulados pela gravidade. 
 
 



Ossos que "desaparecem"... mas não todos 
 
Os fêmures dos camundongos, submetidos a esforços mecânicos na Terra, perderam até 30% de sua densidade. Por outro lado, suas vértebras lombares, menos dependentes da gravidade, permaneceram estáveis. Essa diferença confirma que a ausência de pressão física explica principalmente a degradação. 
 
Os camundongos jovens também apresentaram envelhecimento prematuro das cartilagens de crescimento. Sua ossificação acelerou-se, um mecanismo que pode comprometer o desenvolvimento ósseo em futuros astronautas adolescentes. 
 
Por fim, os roedores ativos – graças a gaiolas com paredes 3D – resistiram melhor. Sua atividade física compensou parcialmente os efeitos da microgravidade, oferecendo uma pista para missões tripuladas. 
 
 
Um desafio vital para a exploração espacial 
 
Astronautas perdem até 10% de sua massa óssea em seis meses, um ritmo dez vezes maior que a osteoporose terrestre. Fraturas se tornariam um risco grave em missões prolongadas, como uma viagem a Marte. 
 
O estudo descarta a hipótese das radiações espaciais: ossos não portantes, como vértebras, são poupados. Apenas a microgravidade parece responsável, direcionando soluções para exercícios específicos ou habitats que simulem pressão mecânica. 
 
Essas descobertas destacam a urgência de adaptar tecnologias espaciais. Exoesqueletos ou vibrações artificiais podem se tornar essenciais para preservar a saúde das tripulações. 
 
Para saber mais: É possível reverter a perda óssea após um voo espacial? 
 
Dados atuais mostram que a recuperação óssea pós-missão é lenta e muitas vezes incompleta. Após seis meses em órbita, um astronauta pode levar de 3 a 5 anos para recuperar sua densidade óssea inicial, com variações significativas entre indivíduos. Alguns nunca se recuperam totalmente, mantendo sequelas comparáveis à osteoporose precoce. 
 
Protocolos de reabilitação combinam várias abordagens. Exercícios intensos com cargas pesadas ainda são o método mais eficaz, complementado por suplementos nutricionais (vitamina D, cálcio). A NASA também testa terapias vibratórias e medicamentos antiosteoporóticos, com resultados promissores, mas ainda limitados. 
 
Um fator-chave parece ser a duração da missão. Após um ano no espaço, danos ósseos podem se tornar irreversíveis. Por isso, pesquisadores estudam medidas preventivas: trajes com gravidade artificial, exercícios com sistemas de resistência avançados e até tratamento medicamentoso precoce. 
 
Essas descobertas têm impactos terrestres importantes. Elas ajudam a entender e tratar a osteoporose senil ou em pacientes acamados. O espaço serve como laboratório extremo para a medicina óssea, revelando mecanismos que levariam décadas para aparecer na Terra. 
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