CRONOLOGIA: Detalhes do assalto que virou tragédia em Vilhena e chocou Estado

O relato a seguir é baseado em fontes oficiais, câmeras da vizinhança e conversas de testemunhas.

CRONOLOGIA: Detalhes do assalto que virou tragédia em Vilhena e chocou Estado

Foto: Divulgação

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Após os trabalhos conjuntos dos peritos da Polícia Civil e Federal no local do crime que tirou a vida do jovem Luiz Rover, na noite de sexta-feira, 25, em Vilhena, uma linha do tempo mais clara começa a ser desenhada pelos investigadores. Apesar de detalhes do crime ainda dependerem dos depoimentos de todas as testemunhas e da conclusão do inquérito, o cenário principal ficou claro. O relato que a Folha faz a seguir é baseado em fontes oficiais, câmeras da vizinhança e conversas de testemunhas com conhecidos de Luiz, que mesmo confusas, podem dar a visão geral do ocorrido.

Acompanhe a cronologia

Por volta das 23h30, dois amigos de Luiz saem para comprar bebidas para uma festa que acontecia na casa da vítima, onde estavam seu pai, o ex-prefeito Zé Rover, a mãe, a ex primeira-dama Lizangela Rover, e amigos. Eram frequentes as festas no local até tarde da noite, quase sempre com portão aberto ou entreaberto.

Às 23h45, aproximadamente, os jovens retornam com as bebidas e entram em casa. Antes que o portão fechasse, Lucas Rodrigues Ramos, 22 anos e o comparsa adolescente, que deixaram a bicicleta feminina azul na qual estavam a 200 metros de distância, entram junto. Por um momento, odos na casa se assustaram e Zé Rover pensou se tratar de alguma brincadeira. Na sequência, Lucas saca a pistola calibre 380, anuncia o assalto, aponta para Rover e pede que o portão seja fechado.

Zé Rover e Luiz reagem e o atirador aperta o gatilho. O filho entra na frente do pai, momento em que é alvejado duas vezes, na garganta e no peito. Um terceiro tiro foi relatado por testemunhas e teria atingido de raspão a cabeça de Zé, mas não há confirmação da perícia e dos policiais sobre isso até o momento.

Em algum momento, o comparsa do atirador pega o celular de Luiz Rover e, assustados, os dois tentam fugir pela rua. Em ação rápida, no entanto, o vizinho, vereador e sargento da PM Carlos Suchi (PRN) intercepta pelas costas um dos dois enquanto ainda estavam saindo da casa, apontando sua arma para eles. O menor foge e o atirador larga a arma. Nova confusão se estabelece para a contenção de Lucas, que acaba sendo ferido pelos presentes. Suchi controla os ânimos dos que queriam agredi-lo.

Todos colocam Luiz Rover já coberto de sangue em um dos carros da família e seguem para o Hospital Regional. Ainda com vida, o jovem recebeu atendimento na unidade, mas uma parada cardiorrespiratória devido aos ferimentos fez o filho do ex-prefeito perder as forças em poucos minutos e falecer ainda na sala de emergência.

Dezenas de amigos, conhecidos, familiares, políticos e autoridades se aglomeram em frente à Emergência do hospital, alguns em prantos e outros buscando informações. Repórteres da imprensa são hostilizados por amigos da vítima e um princípio de agressões se estabelece, sendo necessária a intervenção da Polícia Militar.

Em choque, todos escutam o choro de Lizangela vindos de dentro da unidade de saúde. Às 1h12, cerca de meia hora após a confirmação da morte, a mãe de Luiz sai da emergência amparada por duas pessoas. Aos prantos, ela grita repetidamente “Meu filho não tem culpa”, ao se dirigir para o carro. Rover permanece com olhar perdido na emergência. A comoção e a gravidade do crime, com possibilidade de ação política, assusta as autoridades presentes no local e algumas chegam a cogitar abandonar a carreira em face da violência no meio. A possibilidade de “queima de arquivo”, no entanto, está descartada inicialmente pelas autoridades que investigam o crime.

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