OPINIÃO – Prefeito, afaste sua família das empresas de ônibus – Por Paulo Andreoli
Foto: Divulgação
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Na manhã chuvosa deste domingo (10), o Consórcio SIM, em caráter emergencial começou a operar no transporte público de Porto Velho. Foi uma transição dolorida, que culminou com uma operação policial que sobrou bala de borracha, bombas e pedras para todos os lados. Mas enfim, o tal do SET deixa de operar na capital e promete-se um novo conceito empresarial no trato com o cidadão.
O prefeito Mauro Nazif saiu vitorioso, mas para sagrar-se “campeão” deve afastar sua família das relações com o novo grupo capitaneado pelo empresário Adélio Barofaldi.
Não é segredo para ninguém que mesmo com o péssimo serviço prestado pelas empresas que antecederam o novo consórcio, a família Nazif não deixou de ‘negociar’ com eles. Falavam mal, mas comiam na mão dos “caras”.
Todos os meses, seu irmão Gilson Nazif vendia cerca de 1100 cestas básicas para o SET fornecer a seus trabalhadores. A operação funcionou até pouquíssimo tempo atrás. Eram mais de 100 mil reais que todos os meses a empresa da família faturava. Mas o SET podia comprar cestas básicas de outro empresário? “Podia, mas não Devia”, se é que me entendem.
Outro negócio da família Nazif com os “empresários inescrupulosos e que não prestam” (segundo militantes do grupo do prefeito) era a exclusividade para explorar a publicidade dos ônibus, aqueles adesivos nas traseiras dos coletivos.
Pois bem ai, outro presente de “pai para filho” do SET para a família Nazif. Sem nenhuma licitação, o negocio foi parar nas mãos da empresa familiar, Idéia Comunicação. No contrato exclusivo, a empresa dos Nazif paga uma mixaria para os donos dos ônibus (cerca de 20 reais por mês) para utilizar o espaço e vende esta publicidade para o Governo do Estado, Assembleia Legislativa e até a própria Prefeitura a preço de ouro ( Cerca de 1000 reais/mês). Logicamente que os negócios são ‘lícitos, mas imorais’.
Pois bem, espero que o doutor Mauro tenha a decência necessária para afastar sua família do novo Consórcio SIM e não continuem com estas práticas promiscuas nas relações de “influencia politica” para aferir lucro.
Caso contrário, vai prevalecer o argumento dos agora ex-empresários do setor, que por várias vezes, nos bastidores alegavam que a peleia de Mauro com eles começou um “desacordo comercial”. Nada teria a ver com ‘preocupação com a comunidade’
Também vamos aguardar para ver o chamamento público do Consórcio SIM para exploração destes serviços. Ou as empresas da família Nazif vão “ganhar” tudo de novo, nobre Adélio?
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!