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Sindsaúde alerta para uso de água contaminada no Hospital Regional de Cacoal
A denúncia é com base em um relatório divulgado pela Comissão de Controle de Infecção do próprio hospital que realizou exames na água que abastece a unidade. O resultado apontou que a água é imprópria para consumo humano.
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Foto: Divulgação
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De acordo com o secretário-geral do Sindsaúde, Roberto Ferreira, que já trabalhou no hospital, o problema advém da falta de manutenção no equipamento encarregado pelo tratamento da água. O aparelho, segundo ele, além de estar sendo mal utilizado por pessoas inabilitadas, já deveria ter passado por manutenção, o que não é feito desde a inauguração da unidade há quase dois anos.
“Estamos falando de uso de água contaminada em um hospital que, em tese seria de referência na região”, ressaltou o dirigente. No hospital já houve casos em que servidores foram acometidos de infecção intestinal por causa do consumo diário da água. O sindicato estará oficiando ao Governo do Estado esta semana para que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tome conhecimento e resolva a situação.
IRREGULARIDADES
Na visita in loco feita pelo dirigente à unidade na semana passada não é somente o caso da água contaminada que preocupa. Outras irregularidades foram denunciadas por servidores que vão desde a falta de material para procedimentos básicos em saúde (gaze, seringa, luva, compressa e agulha) até mesmo à demora excessiva de atendimentos a pacientes que sofreram traumas.
“Há pessoas que estão à espera de cirurgia há mais de dois meses. Se demorar, elas vão terminar sendo transferidas para Porto Velho e serem operadas por aqui”, disse o dirigente lembrando que a construção do Hospital Regional de Cacoal ocorreu justamente para evitar o envio de pacientes do interior para a capital do Estado, onde a superlotação é um gargalo da administração pública que não pára de crescer.
Roberto Ferreira citou dois casos de pacientes que estão nessa situação. O primeiro deles é Alan Alves da Silva, que deu entrada dia 10 de outubro desse ano com fratura no fêmur, tíbia, fíbula e pé e até hoje aguarda o restante das cirurgias dormindo nos corredores do hospital.
O outro paciente, também acidentado, é Osnar Alves Pereira, de 21 anos. Ele teve fratura no fêmur, mandíbula, punho e maxilar no último dia 26 de outubro. Deu entrada no dia 29 de outubro de 2011 e até hoje aguarda agendamento de cirurgia.
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