Acusada de manter um “fantasma” na lista de assessores, a senadora e candidata à reeleição Fátima Cleide, do PT (sempre ágil no gatilho quando se trata de apontar o dedo na direção de desafetos políticos), ainda não veio à público para prestar esclarecimentos sobre o imbróglio, especialmente àqueles que nela depositaram suas esperanças de melhores dias para a política rondoniense.
Num momento em que a população clama nas ruas pela ética na política, é deplorável, sob todos os aspectos, que episódios dessa natureza continuem prosperando. Mais deprimente, ainda, é verificar que o conteúdo dos discursos eleitorais em nada se coaduna com a realidade factual.
É provável que, nos próximos dias, o petismo saia-se com mais uma desculpa esfarrapada, dessas que só convencem imbecis, para tentar minimizar os prejuízos políticos que a denúncia causou à imagem de Cleide, cuja popularidade, não é de hoje, vem descendo a ladeira, como conseqüência de sua pífia atuação parlamentar.
Nada do que venha a dizer o petismo, porém, conseguirá aplacar a fúria popular. A sociedade consciente não acredita em contos de fadas e sabe que, mais cedo ou mais tarde, um dia a casa cai, assim como caiu para o tesoureiro do PT, João Vacari Neto, acusado pelo MPF de São de Paulo de extorsão e desvio de dinheiro público.
Se o petismo não se cansa de protagonizar escândalos, o mesmo não se pode dizer da paciência da sociedade para digeri-los. Ela está cansada de mensalões, de dinheiro sendo transportado em cuecas, de dossiês fajutos, para minar adversários políticos, dentre outras marmeladas.
Cansada, mais ainda, está à população de rondoniense de ver figuras excêntricas e arrogantes desfilando em carrões, ostentando padrões de vida e riqueza duvidosa, pessoas que, não vai longe, viviam em dificuldades financeiras e, hoje, aparecem com grandes somas depositadas em contas no exterior.
Até quando essa gente pretende continuar brincando com a resignação da sociedade? Até quando a população será obrigada a tolerar essa turma a tripudiar sobre os seus valores morais e a aviltar a vida política? Chega de tanto desrespeito em cima do povo, de brincar com coisas sérias, de acreditar que política é um instrumento para a satisfação de apetites pessoais inconfessáveis. Outubro está chegando. Vamos ver se aprendemos a votar corretamente.