A senadora Fátima Cleide (PT/RO), se recusa a falar sobre seu voto na sessão que manteve Renan Calheiros no senado, na quarta-feira (12). O senador e presidente do Senado, absolvido por seus pares pela quebra de decoro parlamentar em sessão secreta do plenário. Por 40 votos contra sua cassação, 35 a favor e seis abstenções, Renan continuará com o seu mandato.
Em contatos na manhã desta quinta (13), com a assessora de imprensa da senadora, foi confirmado à redação do
rondoniaovivo.com que Fátima não pretende comentar o caso. Desta forma a intitulada “senadora do povo” se recusa a prestar contas ao seu eleitorado sob seu posicionamento em mais esse escândalo nacional, envolvendo políticos.
Ao contrário de Fátima, alguns de seus companheiros de legenda falaram a imprensa a exemplo do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que declarou ao portal de notícias G1 que se “absteve da votação por julgar que não haveria provas suficientes para condenar Renan Calheiros”.
Para a líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), houve votos a favor de Renan Calheiros em todos os partidos. "Normalidade no Senado eu nunca vi. Sempre foi tenso e muito disputado. Julgar é um ato muito difícil, principalmente em um processo político", afirmou a senadora ao G1.
O presidente Lula, falou também ao G1 que o caso de Renan é um problema do senado e que a sociedade deve se habituar a “acatar o resultado das instituições a que nos submetemos”. Lula deixou para trás o discurso da época que o PT era oposição e batia forte no governo.
O cientista político e professor universitário em Rondônia, João Paulo Viana escreveu em seu artigo publicado no
rondoniaovivo.com o quanto se torna importante salientar o papel de grande parte da bancada petista no episódio. “Não resta dúvida que o PT foi fundamental para o resultado pró Renan. Passados vinte e sete anos de sua fundação, o partido que auto se denominou defensor da ética e da moralidade política, converte-se num abismo, empurrado para a vala dos partidos comuns”.