Nos dezenove estados que responderam à pesquisa, em funções diversas da Polícia Civil, há uma lacuna de 60.991 profissionais
Foto: Divulgação
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A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil acabou de divulgar uma pesquisa sobre a situação da Polícia Civil. De acordo com a Adepol, a corporação atua em “quadro caótico”.
O “Estudo de Carência de Delegados de Polícia no Brasil” consultou as 27 unidades da federação e dezenove responderam. A lei prevê 13.910 delegados nesses dezenove estados, mas 9.144 estão na ativa, uma carência de, ao menos, 4.766 profissionais — déficit de 34%.
“É incabível tantos estados sofrerem perdas de profissionais, por aposentadoria, desistência ou morte, e não haver a imediata substituição. Não se combate o crime sem investigação e não se faz investigação sem delegados”, disse o delegado Rodolfo de Queiroz Laterza, presidente da Associação.
Rondônia tem déficit de 61% do efetivo de delegados e o Pará de 48,5%, aponta o estudo. Laterza diz que há casos de profissionais que atendem em unidades a 500 quilômetros de distância.
Nos dezenove estados que responderam à pesquisa, em funções diversas da Polícia Civil, há uma lacuna de 60.991 profissionais. Em relação ao inquérito eletrônico, a PC de sete unidades federativas dizem não ter acesso ao sistema.
Confira o ranking da falta de delegados*:
Estado | Déficit de delegados de polícia | %
1º – RO – 281 (61%)
2º- PA – 495 (48,5%)
3º – PR – 370 (47,4%)
4º – PE – 320 (45,7%)
5º – MG – 800 (44,4%)
6º – MT – 134 (44%)
7º – PI – 150 (43,4%)
8º – MS – 134 (40,6%)
9º – GO – 191 (34,6%)
10º – AM – 120 (34,2%)
11º – SP – 574 (32,5%)
12º – RJ – 278 (31,9%)
13º – AL – 64 (30,9%)
14º – CE – 228 (29,9%)
15º – BA – 300 (29,2%)
16º – MA – 152 (27,6%)
17º – TO – 54 (24%)
18º – ES – 70 (21,6%)
19º – SE – 9 (6%)
Total – 4.766 (34%)
* Estados que não foram citados não enviaram dados para a Adepol do Brasil. O percentual representa o déficit diante do quadro numérico de delegados fixado em lei para cada estado.
Aos leitores, ler com atenção
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