Em entrevista coletiva realizada no final da manhã desta sexta-feira (07) o diretor geral da Polícia Civil de Rondônia, Samir Fouad Abboud, passou detalhes da Operação Faces da Liberdade, deflagrada pela 2° Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (2 Draco), nos Estados de Rondônia e Acre, nas cidades de Alta Floresta d’Oeste/RO, Ji-Paraná/RO, Rio Branco/AC e Assis Brasil/AC, e contou com o apoio da Polícia Civil do Acre e das Delegacias Regionais de Rolim de Moura/RO e Ji-Paraná/RO.
Durante a ação da polícia foram presos o gerente do Banco do Brasil no município de Alta Floresta do Oeste (RO), dois ex-gerentes da instituição em Ji-Paraná (RO) e na cidade de Assis Brasil (AC), um funcionário do Banco do Brasil no Acre e dois estelionatários, sendo que outros dois ainda estão foragidos.
Os mandados de prisão temporária contra os suspeitos são devido os crimes de peculato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa.
As investigações da Polícia Civil apuraram que o grupo criminoso integrado por funcionários do Banco do Brasil atuava sacando dinheiro depositado em cifras milionárias de pessoas falecidas, lesando, assim, o espólio e o patrimônio dos herdeiros.
O grupo tinha como principal meio de execução a falsificação de sentenças em processos de inventário e partilha e certidões e escrituras lavradas em cartórios extrajudiciais.
Os criminosos, em posse da documentação falsa, procuravam os empregados da agência bancária e faziam o saque das altas quantias.
Os empregados, visando dar cobertura à ação dos falsificadores e mediante o recebimento de propina, deixavam de observar uma série de procedimentos de segurança do Banco do Brasil, aceitando a documentação como idônea.
Segundo a Delegacia Especializada, foi possível identificar, até o presente momento, a subtração de saldo bancário de três contas correntes de pessoas falecidas, cujo valor total do dinheiro subtraído é de R$ 9.502.389,27 (nove milhões, quinhentos e dois mil, trezentos e oitenta e nove reais e vinte e sete centavos).
Entre os lesados está o espólio do conhecido diplomata, político, professor e escritor brasileiro Affonso Arinos de Mello Franco, falecido no dia 15 de março do corrente ano.