Casado e pai de quatro filhos, ele ainda terá que provar inocência
Foto: Divulgação
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A história vivida pelo técnico em radiologia Alexandre Henrique Nery, 31 anos, em novembro do ano passado, menos de um ano após chegar em Vilhena, vindo de Porto Velho, é de causar indignação. Em visita ao Folha do Sul On Line na manhã desta quarta-feira, 30, o profissional de saúde relatou a experiência de injustiça e humilhação que sofreu, respondendo por um crime que não praticou.
Para se exercitar, Alexandre comprou uma bicicleta vendida por um rapaz que havia acabado de conhecer. Pagou metade do valor do veículo (R$ 350), ficando de acertar o restante quando a nota fiscal fosse entregue. O vendedor sumiu mas, ao ser encontrado por Nery na rua, disse que iria buscar o documento na casa de um primo.
Desconfiado, Alexandre preferiu acompanhá-lo e pegar a nota fiscal pessoalmente. Quando estava aguardando na porta da casa indicada, no bairro Bodanese, duas viaturas da PM chegaram ao local e prenderam, além dos três rapazes que estavam na residência, a própria vítima do golpe.
Levado para a DPC, acusado de furtar materiais de construção, encontrados dentro da casa suspeita, Nery tentou, por várias vezes, explicar sua situação, mas nenhuma autoridade deu ouvidos e ele foi mandado para a cadeia, onde passou quatro dias. “Disseram que todo ladrão fala a mesma coisa. Mas eu sou trabalhador, nunca roubei nada”, relembra e dispara.
Somente durante audiência no Fórum, o juiz se convenceu de que o acusado tinha direito de responder ao processo em liberdade. Os outros três, que seriam os verdadeiros autores do furto, não obtiveram o benéfico. Nery gastou com advogados para deixar a prisão e ainda precisará provar sua inocência na justiça.
“Já morei em Guajará-Mirim e Porto Velho, cidades violentas, e nunca fui preso na vida. O que passei foi muita humilhação. Agora é torcer para que a justiça corrija isso”, desabafou, revelando ser casado há dez anos e pai de quatro filhos.
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