Preso em Porto Velho, ‘Nem da Rocinha’ não está autorizado a ler própria biografia

No Mandado de Segurança, o juiz federal Walisson Gonçalves Cunha, corregedor da Penitenciária Federal de Porto Velho, alegou se tratar de uma obra romanceada da vida de Nem e “está diametralmente oposta ao processo de educação e reinserção”de Nem, já que

Preso em Porto Velho, ‘Nem da Rocinha’ não está autorizado a ler própria biografia

Foto: Divulgação

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O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, preso na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia, não conseguiu autorização para ler sua biografia.

“O Dono do Morro: Um homem e a batalha pelo Rio”, escrita pelo jornalista inglês Misha Glenny. Em fevereiro do ano passado, os advogados do criminoso pediram à direção da unidade para que ele pudesse ter acesso à obra que conta a sua vida, mas a solicitação foi negada. Com isso, eles entraram com um Mandado de Segurança na Justiça Federal de Rondônia, mas não conseguiram a autorização. A defesa recorreu e ainda não há nova decisão.

No Mandado de Segurança, o juiz federal Walisson Gonçalves Cunha, corregedor da Penitenciária Federal de Porto Velho, alegou se tratar de uma obra romanceada da vida de Nem e “está diametralmente oposta ao processo de educação e reinserção”de Nem, já que a gravidade dos crimes que foram praticados pelo traficante é relativizada. O magistrado alega ainda que no livro, os criminosos são tratados de maneira “benevolente” e afirma que o autor “descreveu as organizações criminosas como instituições de grandeza e poder, enaltecendo alguns dos seus feitos”.

O juiz alegou ainda que no livro há informações referentes ao histórico do desenvolvimento do crime organizado, rotas de tráfico de drogas e de armas.

“Pela perspectiva da educação e da reinserção a obra já seria inadequada para o preso, todavia, há também a perspectiva da manutenção do controle e disciplina no âmbito do Sistema Penitenciário Federal. Apesar de ser uma obra literária acessível a qualquer pessoa, o livro narra experiências de líderes do tráfico de drogas, destacando decisões positivas e negativas, o que se assemelha a um manual de “boas práticas criminosas”, uma leitura não recomendável, pois, para presos que cumprem penas em uma Penitenciária Federal”.

Chefe do tráfico na favela da Rocinha, Nem está preso desde novembro de 2011.

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