Na tarde desta quinta-feira (04) familiares do aluno do curso 2010 do Curso de formação do Corpo de Bombeiros de Rondônia, Ramires Andrade de Jesus (20) protestaram com faixas em frente ao hospital que o rapaz está internado em Porto Velho, inconformados com à truculência que o rapaz sofreu no último dia 25 de Fevereiro por parte de oficiais da Corporação durante treinamento.
O resultado do treinamento deixou o ex-futuro bombeiro do Estado de Rondônia por mais de três dias na UTI de um hospital particular.
Segundo o pai do jovem, Ronildo Carvalho de Jesus, Ramires estava sendo ameaçado pelo Capitão Nivaldo, que é o responsável pelo curso, pois o Oficial havia prometido para o recruta que lhe daria um “caldo”, isto é, deixá-lo submerso por mais de quatro minutos nas águas do rio Preto, balneário este que fica a cerca de 40 km de Porto Velho,. “Eles não fizeram treinamento coisa nenhuma e sim queriam afogar o meu filho”, disse Ronildo indignado com a situação.
De acordo com Ronildo, o filho após sair do suposto afogamento, ainda teve que assinar um documento da corporação, onde ele concordava com a desistência de ser Bombeiro. “Eles viam dizendo para o meu filho que iriam fazer o desligamento dele a qualquer custo, mas não tínhamos a idéia que poderiam até matá-lo se fosse possível”, disse Romildo.
Ramirez Andrade foi liberado da UTI do hospital pelos médicos no início desta tarde (04) com sérios problemas renais e pulmonares, mais o seu estado ainda é grave. “Para mim isto foi uma tentativa de homicídio doloso. Nós estamos procurando os nossos direitos na justiça de Rondônia, pois nela confiamos, levaremos o caso a todas as instâncias”, finalizou Ronildo Carvalho de Jesus, pai do aluno.
OUTRO LADO
O capitão Nivaldo do Corpo de Bombeiros de Rondônia afirmou que o comandante geral da instituição, Coronel Nunes irá conceder entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (5) para esclarecer as acusaçãos de familiares do recruta. Porém o capitão informou que Ramires já havia apresentado oito atestados médicos para não entrar na água. "Do seu grupo de 18 alunos, apenas o jovem apresentou problemas para enfrentar o rio. Ele se apegava aos galhos de árvores na margem do rio e entrava em pânico, inclusive vomitando. Nós inclusive comunicamos a família sobre o fato". Em relação ao suposto "caldo", Nivaldo disse que não seria "louco" em tomar tal atitude.