Roraima - Braçal morre no hospital e mãe diz que ele foi espancado por policiais
O trabalhador em serviços gerais Alberto Gomes da Silva, 24, morreu anteontem, no Pronto Socorro Francisco Elesbão, depois de mais de 50 dias internado no hospital. Segundo informou a mãe dele, Valcimar Oliveira Gomes, Alberto foi vítima de espancamento por policiais possivelmente militares em fevereiro, no bairro Operário.
Explicou que estava em casa na manhã do dia 25 quando o filho chegou trazido de bicicleta por um colega que o encontrou caído. “Alberto gemia muito e se queixava de fortes dores pelo corpo. E quando perguntei o que tinha acontecido, disse que foi espancado por policiais”, contou a mãe.
No mesmo dia à tarde Valcimar levou Alberto ao Pronto Socorro, onde foi examinado por um médico e depois liberado. Segundo o médico disse para a mãe, o rapaz não tinha nada grave e passou uma medicação à base de antibiótico.
Depois de alguns dias continuou passando mal e sentindo muita febre. Foi então que a mãe o levou ao posto de saúde do bairro Nova Cidade e mais uma vez ouviu do médico que as dores cessariam com antibióticos.
Como não houve melhora, dias depois o rapaz foi levado novamente ao Pronto Socorro e desta vez foi feita uma ultra-sonografia e descoberto que seu caso era grave, a ponto de em seguida ser submetido a uma cirurgia. O rapaz passou por duas cirurgias, mas acabou morrendo. Ela explicou que, devido ao espancamento, seu filho teve lesão no fígado, baço e rim.
Valcimar explicou que Alberto deixou dois filhos pequenos, um com pouco mais de 2 anos e o outro de 1,4 ano. Ela disse que deseja Justiça para os policiais que espancaram seu filho.