Mais fiscalização e rigor com mototaxistas irregulares. Esse foi o compromisso firmado entre a Companhia de Trânsito, Comando da Polícia Militar e Sindicato dos Mototaxistas de Rio Branco em reunião realizada na manhã de ontem depois de uma manifestação que seguiu pelas ruas da cidade até o quartel da PM. A medida quer coibir a atuação dos chamados "pirangueiros" nas ruas da Capital. A repressão intensificada começou já na terça-feira.
*A categoria quer também ações efetivas contra os irregulares que trabalham à noite. Segundo denúncias dos mototaxistas, esses motociclistas atuam próximos a bares, geralmente embriagados, provocando acidentes, alguns cometendo assaltos. A garantia de realização de blitz nas madrugadas foi dada pelos comandantes da PM, cel. Leandro Rodrigues e da Companhia de Trânsito, capitão Alves.
*"Não podemos mais aceitar que essas pessoas venham trabalhando sem pagar nada, nem nenhuma exigência da lei e a gente tenha que ainda concorrer com eles. Os ônibus, os taxistas também são prejudicados, porque todo mundo tem que pagar impostos e os irregulares não", protesta o presidente do sindicato dos mototaxistas, Denílson Saldanha.
*O Comandante da Polícia Militar disse que no âmbito da PM tudo o que está ao alcance está sendo feito. "O efetivo que era de 6 policiais por turno foi aumentado para 14. Mas a polícia tem competência estabelecida em lei, não podemos sair prendendo qualquer motociclista só porque ele anda com dois capacetes", justifica. O coronel Rodrigues firmou um acordo de triplicar o efetivo nos fins de semana em 30 dias e intensificar a fiscalização aos motoqueiros. "Vamos continuar apertando os motociclistas e realizar mais ações no trânsito". Uma das medidas será capacitar o efetivo para fiscalizar a documentação das motos.
*População consciente - Para o presidente do sindicato, é preciso que a população se conscientize sobre a necessidade de usar o serviço regular. A identificação dos 500 permissionários do Rbtrans para trabalhar como mototaxistas é: motocicletas brancas, coletes amarelos com faixas refletivas, números de permissão impressos no colete, moto e capacetes, além de crachá. "É preciso que as pessoas nos reconheçam e saibam que nós somos os profissionais que vivemos disso, pagamos imposto, temos nossa família para sustentar", diz Denílson Saldanha.