Muita lama e um caos de natureza prodigiosa tomaram conta de algumas ruas do bairro Castanheira, na zona Sul de Porto Velho, prejudicando a circulação de moradores daquela região após dias intensos de chuva. Para piorar nas obras executadas pela atual administração municipal da capital, naquele setor, as águas alagaram trechos inteiros de vias e até o ponto final da linha ônibus.
Os pontos críticos são as ruas Baobá, Bandolin e a Violino, nesta última via acontece uma obra que está paralisada há mais de 10 dias, segundo informações da comunidade local e motoristas de ônibus que foram entrevistados pela reportagem do Rondoniaovivo.com., que utilizam a rua para chegar até o ponto final dos coletivos.
Segundo os motoristas, a obra está inacabada e gera um sacrifício enorme para o deslocamento dos ônibus naquele trecho. Um morador que não quis se identificar disse que há algumas semanas um ônibus caiu em uma das bocas de lobo aberta, depois um veículo de menor porte, um Uno/Mille também acabou tombando.
A obra é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras (SEMOB) e de acordo com informação da placa que a identifica, tem o custo total de R$ 18.765.808,84 (dezoito milhões, setecentos e sessenta e cinco mil, oitocentos e oito reais e oitenta e quatro centavos), porém o referido trecho que pretende beneficiar 11.150 famílias, tem o custo de R$ 497.571,98 (quatrocentos e noventa e sete, quinhentos e setenta e um e noventa e oito centavos), com a construção pavimentação de drenagem da rua Violino, entre as ruas Baobá e Bandolin.
Para trafegar pela via pública Pau Ferro, com entrada na BR 369, no final do asfalto onde se localiza o bairro Castanheira, todo tipo de trafegabilidade é ruim, veículos de grande, médio e pequeno porte fazem verdadeiro malabarismo para chegar até o seu destino. A reportagem flagou uma moradora fazendo “rally a pé” na companhia de sua filha, que fazia papel de “navegadora”, guiando a mãe entre poças de lama e buracos.
LAMBANÇA
Para os comerciantes a “lambança” que a SEMOB vem fazendo no local, traz prejuízo para a rentabilidade dos comércios que ali estão instalados. Desde a última terça-feira (18) a reportagem vai até a Secretaria responsável tentar entrevistar o secretário Sebastião Valadares, ou o adjunto, Euclides Brasil, para obter uma posição a respeito daquele setor da cidade, porém, a reportagem é informada, como das vezes anteriores em que buscou informações, que o titular estava em reunião e o adjunto estava em campo, não podendo atender ninguém da imprensa.
Na recepção da SEMOB funcionários, ignorando que estavam diante de uma equipe de reportagem, debochavam da atual administração e um deles ainda informou aos repórteres que o secretário-adjunto estava na obra do bairro Cascalheira e, segundo ele, constatou mais uma “lambança de obra inacabada”.