Antes de entregar o dinheiro ao prefeito, a quem acusa de achaque, a empresária procurou a Polícia federal, prestou depoimento e permitiu que as cédulas fossem digitalizadas, para facilitar a produção de provas
Foto: Divulgação
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O prefeito Agnaldo Rodrigues (PP) de Rondolândia (MT) foi preso ao receber uma propina de 8 mil reais pago pela dona de uma construtura. Ele está preso na delegacia da Polícia Federal em Ji-Paraná (RO). Antes de entregar o dinheiro ao prefeito, a quem acusa de achaque, a empresária procurou a Polícia federal, prestou depoimento e permitiu que as cédulas fossem digitalizadas, para facilitar a produção de provas.
Uma equipe de agentes da Polícia Federal da delegacia de Ji-Paraná, atualmente chefiada pelo delegado Flori Júnior, foi quem fez a prisão do prefeito, já que a cidade na divisa de Mato Grosso com Rondônia está sob a jurisdição da DPF de Ji-Paraná.
O delegada da Polícia Federal Flori Júnior tem passagem pela delegacia da Polícia Federal em Vilhena, cuja atuação foi marcada pela prisões de políticos importantes,
O mandatário tinha em seu poder mais de R$ 8 mil, oriundos de propina paga pela dona de uma construtora que prestava serviços ao município matogrossense. A própria empresária denunciou que estava sendo achacada por Agnaldo, que exigia 10% dos pagamentos feitos.
Antes de levar a propina, no sábado, 27, ao prédio da Prefeitura, onde o prefeito já estava aguardando para receber, a dona da construtora procurou a Polícia Federal e prestou depoimento, explicando que a prática de extorsão por Rodrigues era antiga e freqüente.
Para garantir a confirmação do recebimento, a PF digitalizou as cédulas que seriam entregues ao prefeito.
Ao ser flagrado, Agnaldo disse que o dinheiro era para pagar “meus meninos” e, depois de preso, alegou que o montante em seu poder era a parcela de um empréstimo que havia feito à empresária. O mandatário, no entanto, não tinha comprovação desta transação. Além disso, como já havia informado a própria denunciante, poucos dias antes, ela tinha recebido uma parte do pagamento para execução de uma obra com recursos federais em Rondolândia.
Agnaldo, que chegou a ser afastado do cargo acusado de pagar uma espécie de “mensalinho” a vereadores, foi levado para Ji-Paraná, onde continua preso.
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