A Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (Asfemm) participou de audiência no Ministério Público Federal (MPF) para buscar alternativas para a recuperação de locomotivas do ponto chamado cemitério de máquinas, na Vila Candelária, em Porto Velho. Também foram tratados sobre a recuperação de um trecho da ferrovia destruído pela erosão e a Estação Ferroviária de Guajará-Mirim que era o ponto final da estrada. A audiência foi conduzida pelo procurador do MPF, Gabriel Amorim.
As restaurações das locomotivas na região da Vila Candelária é uma antiga reivindicação para garantir a conservação do maquinário abandonado na época do fechamento da ferrovia. Servirá também como ponto turístico de Porto Velho, promovendo o valor histórico do patrimônio cultural. O Casarão dos Ingleses, outro ponto histórico da Ferrovia, tem pedido para restauração.
No trecho do km 262 tem parte da ferrovia que precisa de urgente recuperação, pois parte do barranco do rio Madeira desabou levando um pedaço do resta da ferrovia. O lugar é conhecido como Prainha, em Guajará-Mirim. Na mesma região tem parte da EFMM que foi arrancada pela prefeitura durante obras de abertura da Estrada do Matadouro. A Associação dos Ferroviários entende que esse trecho precisa ser recuperado.
Outra ação civil pública (ACP Nº 6963-58.2012.4014100) envolve a revitalização da Estação Ferroviária de Guajará-Mirim, que deve ser feita numa parceria do governo estadual com a Usina Hidrelétrica de Jirau.
Para o presidente da Asfemm, George Telles, o desfecho desses serviços são fundamentais para garantir a preservação do patrimônio da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e para oferecer demandas para ações de turismo regional, em localidades e cidades que tenham partes preservadas da lendária ferrovia.