Segundo estudo, pobreza afeta mais intensamente as mulheres que os homens: em todo o mundo, eles detêm 50% mais riqueza que elas
Foto: Divulgação
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A fortuna do 1% mais ricos do mundo corresponde a mais que o dobro da riqueza acumulada dos 6,9 bilhões de pessoas menos ricas, ou seja, 92% da população do planeta, afirma a ONG Oxfam em um relatório divulgado nesta segunda-feira, 20, às vésperas da realização do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Ainda de acordo com o estudo, havia em 2019 apenas 2.153 bilionários do mundo. Estes, detinham mais dinheiro do que 60% da população do planeta.
Segundo a organização, a concentração da riqueza prejudica ainda mais as mulheres, principais vítimas da desigualdade. O levantamento aponta que 22 homens no mundo detém mais dinheiro que todas as mulheres da África. Em todo o mundo, os homens detêm 50% mais riqueza que elas. E também mais poder político: mulheres são em média apenas 18% de todos os ministros de governo do mundo, e 24% dos parlamentares. O estudo é feito com base em dados do banco Credit Suisse e da revista Forbes.
“Este enorme abismo é consequência de um sistema econômico falido e sexista, que valoriza mais a riqueza de uma elite privilegiada, em sua maioria, homens”, destaca a ONG.
Segundo a Oxfam, a situação é reflexo de uma presença muito mais acentuada das mulheres em trabalhos não remunerados. No mundo, elas fazem mais de 75% de todo o trabalho de cuidado sem remuneração. “Frequentemente elas trabalham menos horas em seus empregos ou tem que abandoná-los por causa da carga horária com o cuidado. Em todo mundo, 42% das mulheres não conseguem um emprego porque são responsáveis por todo o trabalho de cuidado – entre os homens, esse percentual é de apenas 6%”.
As mulheres também são maioria na força remunerada de trabalho de cuidado, em geral de menor remuneração, como enfermeiras, faxineiras, trabalhadoras domésticas e cuidadoras. A Oxfam calcula que, caso todo o trabalho não remunerado de cuidado exercido por mulheres a partir de 15 anos fosse contabilizado, seu valor monetário global seria de US$ 10,8 trilhões por ano – três vezes o estimado para todo o setor global de tecnologia.
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