Alterar a quilometragem dos veículos é uma prática bastante comum, feita quase sempre, por proprietários quando decidem vender o bem. Adulteração de velocímetro é uma fraude que vem sendo coibida nas vistorias automotivas
Foto: Divulgação
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A prática visa fazer com que o carro pareça ser mais conservado do realmente é.
Se você já comprou um carro usado ou seminovo, já deve ter ouvido aquela velha história – É carro de mulher, que só usava para ir ao mercado e levar as crianças na escola – não é verdade?
Entretanto, a prática configura crime de adulteração, prevista no artigo 7º, inciso IX, da Lei n. 8.137/1990.
A pena pode passar de dois anos de detenção, para quem tentar vender um automóvel com a quilometragem adulterada, ato que caracteriza a prática do crime de venda de mercadoria imprópria para o consumo.
Em Rondônia esse crime vem sendo coibido, após o estado adotar as vistorias automotivas eletrônicas.
Regulamentadas desde 2015, o que representou o grande avanço, pois criou-se um banco de dados, informatizado, com todas as informações dos veículos.
Temos como exemplo o caso de um automóvel, que foi reprovado numa vistoria na última semana de outubro desse ano.
A quilometragem registrada na última vistoria era inferior à que foi registrada em 2017. Logo, o laudo reprovou o veículo e o proprietário terá de leva-lo à um especialista para colocar de volta no velocímetro, a quilometragem real do veículo. Isso é possível, pois os automóveis mais modernos, com sistemas digitais, funcionam como uma caixa preta. Já nos veículos mais antigos, é quase impossível realizar a adequação.
“Mesmo que o veículo realize as vistorias em cidades diferentes, dentro do estado, o banco de dados que é interligado ao DETRAN-RO e todas as empresas de vistorias, constatam a fraude”, ressalta o consultor da Associação das empresas vistoriadoras de Rondônia (ASSOVIS-RO), Cleber Teixeira.
Ele ressalta a importância das vistorias eletrônicas em Rondônia, no sentido de que o consumidor (comprador de veículos usados) vem sendo protegido de vendedores mal-intencionados, que tentam vender gato por lebre.
“Veículos adulterados, clonados ou, objetos de qualquer irregularidade, não tem chance de serem transferidos de dono em Rondônia, desde que o estado adotou as vistorias eletrônicas”, finaliza.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!