Grupo realiza ação voluntária para controle de cães
Foto: Divulgação
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Em Porto Velho existe um grupo em prol dos cães de rua, denominado “Protetores Voluntários PVH” e que administram o projeto “Quem ama castra”! Sua idealizadora, Tadema Maria Trindade, explica que o projeto nasceu por ocasião da enchente do rio Madeira no ano de 2015, com o resgate de vários animais, inclusive a bordo de voadeiras, tipo de barco a motor muito usado nas regiões ribeirinhas. Com a grande quantidade de animais que resgataram, sentiram a necessidade de partir para uma ação mais efetiva, que resolvesse definitivamente o problema dos animais de rua. Através de pesquisas, entenderam que a melhor forma seria a castração humanizada das fêmeas já que uma única fêmea em 6 anos de vida reprodutiva, é capaz de gerar 100 descendentes.
O grupo busca sensibilizar a sociedade, para angariar recursos e executar essas castrações que são feitas por profissionais da área, que apesar de não cobrarem o valor real do procedimento, há um custo. As clinicas Prontodog e Animalclin são as principais parceiras. Os Protetores Voluntários arrecadam fundos, através da realização de pit stop’s, que são feitos todos os finais de semana e também brechós em praças, escolas e na Estrada de Ferro Madeira Mamoré. “Conclamamos a população a colaborar com esse ato de amor. Quem quiser ajudar no projeto, poderá fazer doações, seja em dinheiro, em itens para os brechós ou até mesmo pagando diretamente nas clínicas, por alguma das castrações, através dos contatos (69) 9230 5275/9254 9977/9334 5362”, convida Tadema.
A voluntária Indira Jara, diz que o preconceito é o maior dos empecilhos para eles, “quando fazemos os pit stop’s, os motoristas não gostam quando batemos em seus vidros para chamar a atenção e nem querem ajudar uma causa em prol dos animais”, desabafa. Conforme os voluntários, a população ainda não se conscientizou de que a causa é um ato de amor aos amimais sim, mas também uma colaboração para a sanidade da sociedade. Desde que o projeto foi implantado, há 4 meses, já passaram pela castração, 30 cadelas, 1 casal de gatos e 2 cães machos.
Há 30 anos a World Animal Protection, vem alertando as autoridades para o controle humanitário de cães de rua. Essa questão deve ser discutida em âmbito macro, pois além de ser uma demonstração de amor aos animais, é também profilática humana, pois os cães podem oferecer perigo à sociedade por meio de contágios que vão desde a hidrofobia (raiva), até a leptospirose que pode ser transmitida pela urina através das águas pluviais. O abandono de cães e gatos na rua, se tornou um caso de saúde pública no Brasil.
Cães e gatos sujos, doentes e famintos, reviram lixos atrás de comida. Ficam ao relento, sob o sol forte ou passando frio intenso, enfrentando chuvas. São invisíveis aos olhos da sociedade. São maltratados e rejeitados, até que são recolhidos pela zoonose (nos locais onde existe) e na grande maioria das vezes, sacrificados. São locais sem estrutura para recepcionar os pets. Abarrotados por animais de todos os tamanhos.
Há uma estimativa que de cada 10 pets de rua, 8 já tenham tido um lar. Por algum motivo, seus donos os abandonaram à própria sorte. Mas por que esses animais são jogados na rua? Por que seus donos que os queriam tanto os abandonam dessa forma? Por que então não procurar alguém para adotá-los novamente? São perguntas que ficam sem resposta. Pois esses “pais” quando adquiriram seus pets, os amava e sem explicação deixaram de amar.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!