Em ofício encaminhado nesta segunda-feira (06), ao Diretor Geral da Polícia Civil de Rondônia, delegado Pedro Mancebo, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (FETAGRO) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), formalizaram pedido de providências contra o que as entidades consideram como descaso e discriminação feita pela polícia civil contra dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vilhena e Chupinguaia envolvidos em ocupação de terras, na região.
Para exemplificar o que as entidades consideram como descaso, é citado o caso do atentado a tiros feito contra o veículo de propriedade do Sindicato, que era dirigido pelo presidente da entidade, Udo Wahlbrink. O carro ficou vários dias recolhido ao pátio da delegacia, mas o delegado responsável não forneceu qualquer laudo pericial; sendo que este documento seria de fundamental importância para a defesa do sindicalista, que é acusado de estar portando arma, justamente para se defender.
Sobre o que as entidade consideram como uma postura discriminadora da Polícia Civil de Vilhena, no documento é solicitado esclarecimentos sobre a chamada Operação Gaia I, realizada para investigar conflitos agrários no Cone Sul. O problema, no entendimento das entidades sindicais, é que o inquérito só teria investigado os trabalhadores rurais, inclusive com o uso de grampos telefônicos, mas poupado os fazendeiros envolvidos no conflito.
Estes dois fatos e outras dezenas de situações, também, foram denunciadas em reuniões realizadas na semana passada com o Ouvidor Agrário Nacional, na sede do INCRA e em uma reunião realizada na Casa Civil do Governo Estadual, com a presença do secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública, do sub-comandante da Polícia Militar, do diretor geral da Polícia Civil, do Defensor Geral do Estado, do Ouvidor Nacional e do chefe da casa civil, Juscelino Amaral.