O diretor presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), Ricardo de Sá Vieira, recebeu no final da tarde de sexta-feira (1º), uma comitiva formada por quarenta representantes do governo boliviano, que veio conhecer o funcionamento do Porto Organizado de Porto Velho, a hidrovia do Madeira e trocar experiências com o governo brasileiro.
De acordo com Ricardo de Sá, o contato começou a remontar um sonho antigo entre Brasil e Bolívia, quando se construiu a Ferrovia Madeira Mamoré, contornando os trechos encachoeirados do Madeira, o que não foi suficiente para consolidar o trajeto de acesso entre os dois países.
Durante a visita, o técnico da SOPH, Edemir Monteiro fez uma apresentação sobre a hidrovia do Madeira, enfatizando a sua importância para a solução de transporte fluvial para o norte do Brasil e para a integração na América do Sul.
Segundo o presidente da SOPH Ricardo de Sá, a construção da usina binacional do Ribeirão, com a construção das eclusas do Madeira - Santo Antonio e Jirau - será um marco histórico para a navegação fluvial, uma vez que ligará a Bolívia ao Oceano Atlântico, passando por Rondônia.
“Agora com a possibilidade de construirmos as tão sonhadas eclusas do Madeira, esse sonho finalmente poderá se realizar e transformaremos a Hidrovia do Madeira, não só a hidrovia do norte do Brasil, mas a hidrovia da América do Sul,” finalizou Sá.
A visita contou com a presença de importantes autoridades que contribuem com o desenvolvimento regional, a exemplo do senador Valdir Raupp, deputada Marinha Raupp, o secretário estadual de Turismo, Basílio Leandro, e o secretário municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo, Agnaldo Nepomuceno. Do lado Boliviano, participaram a senadora Marina Parraga, o prefeito de Guayara Mirim Alexander Gusmam e representantes do Governo dos estados do Beni, Juan Carlos Zambrana, e do Pando, Dorys Ortiz Mercado. Líderes de movimentos ambientais e sociais também vieram ver de perto os reflexos das construções das usinas em Rondônia.