Dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO) atrasaram, em uma hora, na manhã desta quarta-feira, 23/5, o atendimento da agência do Itaú/Unibanco da avenida Dom Pedro II, no Centro de Porto Velho.
A iniciativa faz parte do Dia Nacional de Luta promovido por diversas entidades sindicais em todo o país que, simultaneamente, foram para a frente das agências do Itaú para fazer este protesto que demorou apenas uma hora, mas que serve para alertar a população brasileira sobre o desrespeito e o descaso do banco para com seus funcionários, clientes e usuários.
Na capital rondoniense, os sindicalistas, usando faixas, panfletos e carro de som, levaram ao conhecimento da população em geral o triste quadro que se desenha há alguns anos pela instituição financeira que mais lucrou no país.
“O Itaú, somente no primeiro semestre deste ano, lucrou R$ 3,4 bilhões e, mesmo assim, continua a demitir seus funcionários, a maioria deles com 15 ou 20 anos de serviços prestados ao banco. Tudo isso em nome do lucro, já que, quando demite, o banco contrata um novo trabalhador que receberá apenas 60% do salário do antigo funcionário. Além disso o banco não se preocupa com a segurança de ninguém, pois todas as agencias recém inauguradas estão sem porta giratória com detector de metais. Tudo isso causa prejuízos, medo e insegurança para os trabalhadores, clientes e usuários deste banco”, menciona o Secretário Jurídico do SEEB/RO, José Toscano, funcionário do Itaú.
Outra denúncia feita pelos diretores sindicais é que o banco atualmente não quer receber títulos de outros bancos, ou seja, não quer atender o cidadão que está ali apenas para pagar suas contas.
“O banco é uma concessão pública e, por isso, tem a obrigação de atender todos os cidadãos sem distinção. Caso isto ocorra, exija o atendimento e faça valer seu direito”, orienta Toscano.
Para o Secretário de Saúde do Sindicato, Cleiton dos Santos, as sucessivas demissões do Itaú/Unibanco tem colaborado para o adoecimento dos trabalhadores.
“Apesar dos lucros incessantes, o banco continua a demitir indiscriminadamente, o que gera um desconforto entre todos os trabalhadores e promove o agravamento não apenas das doenças físicas, mas psicológicas de pais e mães de famílias. Somente nesta agência são 10 funcionários lesionados, vítimas do trabalho extenuante aliado ao assédio moral, metas abusivas e condições precárias de saúde, segurança e trabalho”, avalia Cleiton.