PRIMEIRA MÃO - O Brasil está gastando quase meio bilhão no recadastramento eletrônico - Por Sérgio Pires

Um hospital com mais ou menos 200 leitos, bem equipado, de média complexidade, pagando tudo, incluindo a taxa de corrupção, custaria para o governo, perto de 100 milhões de reais. Sairia pela metade se fosse uma obra privada. Pois a implantação do sistema biométrico no Brasil, gastará num período de oito anos, ignorando-se ainda a correção, mais de 450 milhões de reais, em valores de 2010. Ou quatro grandes hospitais e meio. Para que? Porque não destinar recursos vultosos como esses para construir hospitais ou escolas, ao invés da gastança com algo completamente supérfluo? Já houve um enorme investimento com o atual sistema de urnas eletrônicas, que desde que implantado, jamais deu problema algum. Porque então mais quase meio bilhão de reais, mobilizando milhões de pessoas, tirando-as do trabalho e fazendo-as esperar em longas filas para recadastrá-las, se o atual sistema não oferece riscos e não trouxe qualquer denúncia séria contra ele? Um gasto extraordinário desses é prioridade para o povo brasileiro? A quem ele interessa? E ainda para eleger o tipo de gente que temos eleito, em sua maioria?

Então, para não se dizer que ninguém protestou contra o tal recadastramento eletrônico, fica o registro: ele é desnecessário e só beneficia meia dúzia de empresas que faturam alto. Só interessa aos políticos. A Justiça Eleitoral já está muito bem servida, tem estrutura boa, equipes de primeiro mundo, tem alcançado resultados altamente positivos em todas as últimas eleições. Credite-se, portanto, a interesses muito restritos esse investimento supérfluo. Isso sem falar que acabou a privacidade do brasileiro. Todas as suas informações que estão com a Justiça Eleitoral, serão repassadas à Caixa Federal e, daí em diante, só Deus sabe. E após o cadastro biométrico, virá o que? O da retina? E depois? Será que em breve o eleitor terá que apresentar seu DNA? Enfim, dinheiro jogado fora. Nada mais que isso.

ADEUS AO RESPEITO

Dividida em diferentes associações, cada uma querendo mandar mais e tomar o poder como numa república sindicalista, a Polícia Militar de Rondônia parou porque exige 44% de aumento, um percentual completamente fora da realidade. Porque engloba pretensas perdas salariais de vários anos. Foi-se a hierarquia, foi-se o respeito à população e o respeito da população para com a PM.

O POVÃO PERDE

Quando uma instituição vital para a comunidade começa a funcionar como uma entidade classista, com interesses muito distantes dos da coletividade a que serve, é ela, instituição, a grande perdedora. A população, que não é idiota, sabe muito discernir o que é justo do que é briga sindical. Mas a culpa também é de quem permite que a hierarquia e a lei vão para o ralo. Todos têm culpa, mas quem paga, como sempre, é o povo.

TEM FEELING

Que não se diga que falta ao deputado José Hermínio feeling político, mesmo com todo o seu jeito duro de discursar e das brigas que compra. Seus primeiros atos, beneficiando servidores da Assembleia, já colocaram todo o time ao seu lado. Dar mil reais de abono, então, foi jogada de especialista. Lá pelos lados da ALE, quem falar que Hermínio não ficará na presidência, pode levar ovos podres dos funcionários.

CENTENÁRIO

Em 2012, comemora-se o centenário do início de funcionamento da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. A data em que o primeiro trem começou a fazer o percurso Porto Velho - Guajará Mirim foi 1º de agosto de 1912. Não se viu, ao menos até agora, qualquer movimentação para que se preparem eventos à altura do maior acontecimento da nossa história. Está na hora de se começar a mexer no assunto.

MAIS TROCAS

Mais mudanças ainda virão no governo rondoniense. Várias trocas já foram feitas. Por decisão política e, em casos como a Sesau, para fazer limpeza interna. Nos próximos dias, mais mexidas. Confúcio tenta montar um time que fale a mesma linguagem e siga suas ordens. Até agora, está tendo grande dificuldade para que isso ocorra. Espera-se que com seus novos assessores, as coisas mudem para melhor.

PEARL HARBOR

O Pearl Harbor de Rondônia, texto assinado pelo professor Nazareno é um primor. Quem não leu, perdeu. Nesta semana, ele publicou em vários sites um artigo que compara o 7 de dezembro de 1942, quando o Japão atacou os Estados Unidos na Segunda Guerra, com o Sete de Dezembro de 2011 em Rondônia. Impecável!

RECOMEÇANDO

Tem que se destacar o grande esforço do governo Confúcio Moura para dar reinício às obras da rede de água para 100% dos porto-velhenses. Confúcio chamou o experiente Lindomar Garçon para ajuda-lo na missão de contornar os corredores burocráticos sem fim de Brasília e o resultado foi positivo. Nessa segunda, começa tudo de novo. Tomara que não pare mais.

PERGUNTINHA

Para os apaixonados por futebol, como encarar um domingo sem nenhum grande jogo nos gramados brasileiros?