A abertura da 1ª Conferência Municipal de Políticas Públicas e Direitos Humanos da População LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), realizada pela prefeitura de Porto Velho, através da secretaria municipal de Assistência Social, aconteceu na noite de terça-feira (13/09) no auditório da Emater e reuniu os integrantes das organizações Tucuxi, GGR e Porto Diversidade, além de autoridades municipais e estaduais para dar início às discussões sobre o combate e a promoção de direitos do movimento.
No primeiro dia do evento foi lido o regulamento da Conferência que irá reger as etapas de cumprimento da programação do evento, em seguida a coordenadora estadual LGBT, Denize Limeira abriu os debates que abordaram o Plano Nacional de Cidadania e Direitos Humanos.
O evento se registra como um marco para o município, convocando os integrantes do movimento para a construção de políticas públicas para a garantia de direitos. De acordo com a secretária da Semas, Benedita Nascimento, a conferência é o primeiro passo para a articulação e organização do movimento. “O evento vem de encontro com o que preconiza o Sistema Único da Assistência Social, que é a defesa e garantia dos direitos sociais do cidadão e dos direitos humanos”, acrescentou Benedita.
A chefe de gabinete Miriam Saldaña, que representou o prefeito Roberto Sobrinho, destacou que durante o evento os participantes devem aproveitar o espaço da conferência para discutir e apresentar ao poder público suas maiores fragilidades e por se tratar da 1ª edição do evento, a importância é maior pois será a porta de abertura para muitos debates que irão trazer resultados e conquistas. “Esperamos que o movimento indique quais políticas públicas que a população LGBT necessita, pois o papel do poder público é ouvir para depois promover a cidadania”, enfatizou Mirian.
O integrante do grupo Porto Diversidade, Raimisson Correia, relata que o movimento sempre aguardou por este momento que abre espaço para a democracia, no qual os grupos poderão contribuir para a qualidade de vida com mais respeito e credibilidade. Raimisson destaca que a população LGBT ainda enfrenta percalços com relação à discriminação no mercado de trabalho. “Pretendemos trabalhar bastante esta questão do mercado de trabalho que ainda é um dos locais onde mais enfrentamos preconceito”, destacou. Os serviços públicos, entre eles o atendimento da polícia militar também é oferecido com pouca qualidade para os homossexuais. “Queremos apenas respeito com o gênero”, ressaltou.
As discussões e os resultados obtidos durante a conferência serão apresentados durante a Conferência Estadual que será realizada no próximo mês.