O Jornal Nacional, noticiário da Rede Globo de Televisão e de maior audiência no Brasil, continua com a série de reportagens feitas no quadro “JN no AR”, que vai até vários municípios brasileiros para escancarar a realidade do País. A equipe do telejornal já esteve inclusive aqui em Rondônia para mostrar o dia a dia do Pronto Socorro João Paulo II, logo no inicio do mandato de Confúcio Moura (PMDB), encontrando a deplorável situação de pacientes deitados no chão e esquecidos pelo Poder Público.
Desta vez, o “JN no AR” está com o tema Educação, comparando no Brasil as escolas públicas de maior de menor colocação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), mostrando a disparidade que existe entre algumas instituições de ensino na mesma cidade. Em seu blog oficial, o governador disse “não ligar”, caso a equipe volte à Rondônia, pois a educação do Estado está “na lona” assim como no restante do País. Confira abaixo a íntegra do texto do peemedebista:
OS SERTÕES
1. Que bom seria se todo brasileiro lesse OS SERTÕES de Euclides da Cunha e também, outro clássico nosso, CASA GRANDE E SENZALA, de Gilberto Freyre. E para fechar – GRANDE SERTÃO – VEREDAS de Guimarães Rosa. Depois de tudo isto, a vida seria bem melhor. Pelo menos mais conhecimento sobre nós mesmos.
2. Ter vontade de resolver mazelas sociais e crônicas nossas. Especialmente aquelas que vem de séculos dentro do nosso próprio federalismo, de o Norte e Nordeste ser, por natureza os patinhos feios do Brasil. E todos olhares se voltarem para o Sudeste. E tudo nos empurrava pra lá. Como nos empurra para os Estados Unidos. E agora, o pessoal está voltando. O Nordeste está reagindo sozinho. Entrou gente nova na política e de vergonha. E aqui Norte também. E ainda estamos puxando a “cachorrinha”. Mas, quem vai nos puxar pra cima é nós mesmos.
3. A Globo está correndo o Brasil para mostrar a situação das escolas municipais e estaduais. Nem ligo que mostrem Rondônia. Não será diferente de São Paulo e de Goiás. Todo mundo está na lona no quesito educação. O que se tem que fazer é a revolução educacional, do mesmo jeito da revolução de 31 de março de 64. Um golpe de Estado em benefício da Educação. Para que em 20 anos este país seja outro.
4. Tenho visitado escolas. Aí mesmo, nesta segunda-feira em Rio Crespo, conversando com professores. Há anos sem nenhuma reforma. A gente vê a pasmaceira geral de anos sem investimento. Os professores emergenciais. Laboratórios sem funcionar. Bibliotecas. Tudo na maior improvisação. Está faltando vida nova nestas escolas. Um choque verdadeiro. Sempre falo, não adianta tanta reunião, o reunismo, se o Estado não chegar dentro da casa do cidadão. Pelo menos com um uniforme novo para os meninos. O desafio é imenso. E o planejamento obssessivo é imperativo. Se não tiver dinheiro novo, que se corte na carne o que seja desnecessário e se crie o principio da prioridade. O caminho é este e pronto.
5. Recebi ligação do Governador Simão Jatene para dia 21 ir a Belém para a primeira reunião de Governadores da Amazônia. Será muito bom, começar por nós, um grande movimento pelo Norte. Primeiro, nos entender melhor. Gastar dinheiro comum e nosso com os nossos eixos de integração. Sacudir a SUDAM para ao menos treinar alguns técnicos em seus mistérios e recursos. E o BASA para reabrir a Agência de Cujubim. Porque banco é banco. Deve encarar dificuldades iniciais e se fincar no lugar, marcar território, o Estado fará a sua parte na segurança, mas, o BASA deve rever sua posição. Levantar a bandeira e deixar o povo na mão, não fica bem para um Banco que é da Amazônia.