O eleitor brasileiro apesar do bom discernimento está com muitas dificuldades para decidir o voto neste segundo turno para Presidente da República. Pode votar na Dilma, pois ela é mulher e compreendendo a importância e a capacidade política e de articulação da mulher brasileira é uma oportunidade rara de resolver os problemas do Brasil. Mesmo porque o PT, Partido dos Trabalhadores, já demonstrou como se governa com ética e transparência. É uma agremiação política jovem, democrática, dinâmica, com ideologia moderna, tem amplo apoio popular e acima de tudo já demonstrou que realmente entende das mazelas nacionais. É o partido dos pobres e para os pobres.
José Serra do PSDB também é uma excelente opção. Junto com os caciques do DEM e de outros segmentos mais conservadores da nossa sociedade, o ex-governador de São Paulo pode dar continuidade à política neoliberal de entregar o Estado à iniciativa privada e de fazer doações à elite de tudo o que sobrar. E ainda restam a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e diversas outras fundações e autarquias que poderiam ser presenteadas aos ricos e poderosos. Por causa de FHC, o funcionalismo público não vê a hora de mais um social democrata se instalar no Planalto e dar prosseguimento à política de valorização dos servidores como o PDV.
Esta é uma das eleições mais difíceis para decidir tendo em vista a boa vontade e a competência dos dois concorrentes diretos ao cargo e de seus respectivos partidos. O PT é um partido arrojado e já deu inúmeras contribuições ao país inovando na política nacional com o Mensalão, dinheiro na cueca, nas meias e em outros lugares menos apropriados. Protagonizou no Plenário do Congresso a dança da impunidade. E ainda assim, propõe acabar com a pobreza investindo no ser humano e na sua capacidade produtiva. Já os tucanos vão mais além. Acreditam que a iniciativa privada é a salvação da Pátria. Investem em educação de qualidade e também priorizam os mais pobres.
A vitória de qualquer um dos dois seria um excelente negócio para o Estado de Rondônia. O Brasil inteiro veria como os rondonienses se esmeram em cuidar do que é público. Dilma poderia aprender com os políticos petistas locais várias lições de como se administrar uma cidade e implantar no país inteiro as inovações. Entenderia como receber muitos milhões de reais em investimentos e nada fazer. Serra aprenderia como demitir servidores públicos em massa ou como colocar um banco estadual a serviço do povo. Como se vê, os eleitores estão entre a cruz e a espada. E para qualquer lado que for encontrarão a felicidade certa e serão felizes pelos próximos quatro anos. Que bom.
Serra ou Dilma no Brasil, Cahulla ou Confúcio em Rondônia. Grandes nomes para grandes políticos. Estadistas comprovados a serviço dos mais humildes. Desta vez, com a vitória de qualquer um deles, "o mel e o leite jorrarão das ruas", com certeza. Viveremos a partir de agora sem cargos comissionados, sem censura, sem corrupção, sem politicalha. De Incitatus, o cavalo do Senado romano, até hoje, nunca se viu tanta vontade de se colocar a coisa pública a serviço dos pobres, dos mais sofridos. E o povo com a sua sábia decisão escolherá o melhor rumo. Talvez por isso, o STF entendeu e nos outorgou sabiamente esta prerrogativa. Ser brasileiro e ainda por cima rondoniense é um orgulho para qualquer ser humano. Todos nos invejam, pois somos bons até na política. Com estes nomes maravilhosos até Deus perderia uma eleição no Brasil.
*O Professor Nazareno leciona em Porto Velho.