A prefeitura de Porto Velho, através da secretaria municipal de serviços básicos (Semusb), está transformando o antigo lixão em um moderno aterro sanitário. A obra está bastante adiantada, foi iniciada há três meses e deverá estar concluída até o final do ano. Os primeiros efeitos desta intervenção já foram sentidos, porque os incêndios na região que eram constantes, chegaram ao fim, e com isto houve diminuição do mau cheiro e da quantidade de urubus na região.
O novo sistema de acomodação do lixo recolhido na cidade é conhecido por pirâmide. O secretário municipal da Semusb, Jair Ramires, explicou que o lixo neste novo modelo de tratamento é aterrado em um grande buraco. Novas camadas serão acondicionadas umas sobre às outras, e em volta de cada nova camada é plantada simultaneamente uma cobertura verde, que impedirá a erosão e ajudará a firmar a terra sobre o lixo. “Quando cada pirâmide chegar ao limite, não haverá mais lixo espalhado por todo lado e sim um conjunto de terra e lixo bem acomodado e totalmente coberto por grama”, disse.
No momento, ainda estão sendo utilizados os dois sistemas de acomodação do lixo, é uma fase de transição, o antigo onde tudo está misturado e o novo através das pirâmides. Outra evolução prevista para o lixo é o trato com o material descartado misturado. Em breve só serão enterrados os materiais degradáveis, chamado de lixo úmido. O material reciclável será todo recolhido por grupos de associações e cooperativas de catadores de matérias recicláveis.
Novo comportamento
O lixão está totalmente controlado, mesmo recebendo 320 toneladas diariamente. O controle do lixão vem sendo realizado pela recuperação do solo devido a eliminação das áreas degradadas. Para que este controle seja consolidado a prefeitura iniciará em breve uma nova modalidade de coleta seletiva do lixo. Apenas o lixo úmido será recolhido e levado ao aterro sanitário, os demais descartes recicláveis como papéis, metais, plásticos e outros, serão previamente separados pela população antes de colocar o lixo nas calçadas para a coleta. Grupos de pessoas cooperadas e associadas para o recolhimento deste tipo de material passarão nas residências, que terão um calendário específico a ser obedecido. Este material será processado e comercializado para o sustento de centenas de famílias e de catadores.
A coordenadoria municipal de postura iniciará em breve a orientação e depois uma fiscalização pesada para controlar este novo comportamento de quem produz o lixo. Se o lixo não for previamente selecionado antes de ser colocado para o recolhimento nas calçadas, os garis não farão a coleta e os fiscais notificarão quem não cumprir com a nova dinâmica. “Porto Velho tem que se modernizar e a forma como tratamos o nosso lixo é fator determinante da evolução dos moradores do município. Em Curitiba existe esta compreensão há décadas, e temos certeza que os portovelhenses, também terão e apoiarão esta iniciativa do prefeito Roberto Sobrinho”, falou Jair Ramires.
Mais aterro sanitário
O prefeito Roberto Sobrinho sempre se empenhou em resolver esta questão, que é o destino final do lixo produzido na capital. Outro aterro sanitário será construído para eliminar de vez este problema que sempre preocupou a população do município. Está em fase de estudo a construção do novo aterro, a origem desta nova obra é fruto das compensações das construções das hidrelétricas do rio Madeira. O prefeito inclui nas obras de compensações a construção de um novo aterro sanitário.