Em assembléia realizada no final da tarde desta segunda-feira (07), dentro do canteiro de obras da Usina de Jirau, os trabalhadores aprovaram, quase por unanimidade, com apenas três votos contra, a proposta apresentada pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Construção (STICCERO) de: 1) suspensão da paralisação 2) negociação com a empresa durante uma semana; e 3) realização de nova assembléia na próxima segunda-feira (14) às 06h00 da manhã.
O movimento foi iniciado espontaneamente pela categoria na madrugada desta segunda-feira e resultou na paralisação total da obra da Usina de Jirau; sendo que o STICCERO foi chamado para iniciar as negociações, juntamente com dois representantes de base eleito pelos trabalhadores. A categoria reivindica várias questões como: mudança de empresa do plano de assistência; redução do prazo de visita à família e pagamento de diferenças salariais.
Outros itens reclamados pelos trabalhadores são: cobrança de taxa de alojamento; ônibus sucateados, principalmente da empresa AJS; descumprimento de acordo coletivo pelas empresas terceirizadas, principalmente a CONSARG; redução de horas extras e não pagamento de passagem área para visitas à família.
Pelo que apurou o Sindicato, o principal foco de revolta dos trabalhadores é a terceirizada CONSARG, que contratou vários trabalhadores durante o mês de maio e não teria pagado proporcionalmente aos dias trabalhados; está com oito trabalhadores demitidos dentro do canteiro de obras sem receber suas indenizações e não demite os trabalhadores insatisfeitos e nem dispensa o cumprimento de aviso.
A CONSARG já está sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho por outras denúncias, inclusive por abandonar recentemente dezenas de trabalhadores vindos de outros estados, na rodoviária da Capital.