A conferência "Globalização na Amazônia: Exploração de Recursos Naturais e Sustentabilidade do Fator Humano” foi na cidade de Haifa em Israel e durou três dias. O evento transmitido ao vivo pela Internet foi promovido pelo departamento de história geral d
Foto: Divulgação
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A conferência "Globalização na Amazônia: Exploração de Recursos Naturais e Sustentabilidade do Fator Humano” foi na cidade de Haifa em Israel e durou três dias. O evento transmitido ao vivo pela Internet foi promovido pelo departamento de história geral da Universidade de Haifa reuniu os principais especialistas internacionais de diversas áreas de ciências social e ambiental. Entre eles o cacique Almir Suruí e a conselheira da Kanindé, Ivaneide Bandeira (foto 1) Almir Suruí falou sobre o projeto Carbono Suruí, desenvolvido desde 2007 na Terra indígena Suruí. (foto 2). Almir explicou em sua palestra (foto 3) que o projeto de carbono é baseado no programa de reflorestamento, apoiado há muitos anos pela Associação Aquaverde. Já foram plantadas mais de 45 mil mudas de açaí, mogno, cerejeira, pupunha, copaíba, cacau e jatobá.
“Proteger a floresta nativa em nosso território é muito importante. Hoje temos as parceiras do IDESAM na parte do desenvolvimento do projeto de carbono para desmatamento evitado e o FUNBIO na construção do mecanismo de gestão financeira para o nosso plano de 50 anos”, frisou Almir Suruí que destacou ainda que o “Projeto Carbono Suruí nos dá a oportunidade de gestão do nosso território, que espero garantirá o uso sustentável da floresta e a sobrevivência da nossa cultura, e o reconhecimento da contribuição dos conhecimentos tradicionais indígenas da floresta para um desenvolvimento justo e sustentável. Esse projeto contribui ainda para discussões de como podemos ajudar a resolver problemas globais como a mudança climática, criando uma economia verde baseada na sustentabilidade e justiça social.
O nosso parceiro nesse projeto é a Forest Trends.” O projeto Carbono Suruí também fornece meios para apoiar a implementação de políticas dos direitos humanos, ajudando a criar uma consciência verde e a interconexão dos povos do mundo. Já a palestra de Ivaneide Bandeira, conselheira da associação de defesa Etnoambiental Kanindé, falou em sua apresentação (foto 4) sobre o desmatamento na Amazônia. Segundo dados apresentados pela palestrante brasileira no Estado de Rondônia, o conjunto das Unidades de Conservação e Terras Indígenas totaliza 89.916 km² ou 38% do Estado sendo: 24 Terras Indígenas (TIs) que ocupam um total de 49.660,48 km² (20,82% da área do Estado); 14 unidades de conservação de proteção integral; 25 Reservas Extrativistas que somam 967.084 hectares, totalizando 1.705.257 hectares (7,15% do Estado); 04 Florestas Nacionais (Flona) com 704.038 hectares e 11 Florestas Estaduais de Rendimento Sustentado (Fers), com 267.250 hectares, totalizando 4,07% do Estado; 02 Áreas de Proteção Ambiental (APAs) criadas em nível estadual, com uma área total de 110.741 hectares (0,1% do Estado); 03 Parques municipais. Totalizando 83 áreas protegidas. Segundo Ivaneide, a partir de dados do Instituto Imazon “O desmatamento anual em Rondônia, atingiu os maiores picos nos períodos de 1994/1995, quando mais de 4,4 mil km² foram desflorestados e 2003/2004, com a devastação de aproximadamente 3,8 mil km². Seguindo uma tendência geral na Amazônia brasileira, houve uma fase de queda nas taxas de desmatamento no estado nos anos seguintes, chegando a 1.885 km² entre julho de 2006 e julho de 2007”. Em comparação com outubro de 2008, quando o levantamento do Imazon registrou 102 km² de derrubada, houve aumento de 90%. No período, 13% do território estavam cobertos por nuvens e os satélites conseguiram observar 87% da área. O Pará foi responsável por 87 km² de desmate (45% do total registrado em outubro), Mato Grosso derrubou 43 km² (22%), seguido por Rondônia, com 25 quilômetros a menos de florestas no período (13% do desmate do mês).
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!