Os trabalhadores em educação da rede estadual, em greve desde o dia 11/03, fizeram nesta quinta-feira (18/03) uma manifestação na Avenida Jatuarana, no centro comercial da Zona Sul de Porto Velho.
A categoria protesta contra a atitude do governador Ivo Cassol, que não quer negociar a pauta de reivindicação entregue ainda em dezembro de 2009, contendo os itens mais urgentes para a recuperação de perdas salariais, valorização dos profissionais.
Desde o início da greve os trabalhadores em educação vêm fazendo manifestações em diversas localidades. Em Porto Velho, onde se concentram os maiores atos públicos, o Sintero procura chamar a atenção dos pais de alunos e da sociedade em geral para o caos em que se encontra a educação.
Nesta quinta-feira os trabalhadores em educação se concentraram na Avenida Jatuarana em frente ao campo do “Florestão”, de onde saíram em passeata pelo centro comercial da Zona Sul. Na esquina da avenida Nova República, os profissionais da educação ministraram uma “aula da cidadania”, para demonstrar que sem ensino público de qualidade ninguém é cidadão.
“Todos os profissionais que estão nos ouvindo já passaram por uma sala de aula. Para progredir na profissão e na vida, todos tiveram que ter professores, freqüentaram uma escola onde trabalham as zeladoras, os técnicos de secretaria e as merendeiras. No entanto, a categoria é discriminada pelo governo do Estado, que desde o início do mandato até hoje não teve o mínimo de respeito com os educadores”, disse Claudir Mata, presidente do Sintero.
Segundo o comando de greve, a paralisação passa de 85% em todo o Estado, contrariando a expectativa do governo, que, sem ter o conhecimento do que acontece nas escolas, divulga números bem menores.
Nesta sexta-feira, dia 19/03, novas manifestações serão realizadas em Porto Velho e nas regionais, contando com a participação de caravanas de outros municípios.
Greve tem apoio
A greve dos trabalhadores em educação é justa e legítima no entendimento não só da categoria, como da maioria dos setores da sociedade. Por isso o comando de greve vem recebendo manifestações de apoio de várias formas.
A Câmara Municipal de Pimenta Bueno, através do seu presidente, Rodnei Lopes Pedroso e dos vereadores Professor Régis Diógenes e Marlene Parra manifestou apoio através de ofício encaminhado à diretoria da Regional Apidiá.