A secretária da SEDUC/RO (Secretaria de Educação do Estado de Rondônia), Marli Cahulla, concedeu na manhã desta segunda-feira (15) uma entrevista coletiva para explicar sobre o andamento das negociações com os professores da rede estadual de ensino, que estão em greve desde a última quinta-feira (11).
De acordo com a secretária mesmo com a greve as aulas continuam acontecendo normalmente, pois a adesão dos professores grevistas é de aproximadamente 25% da categoria.
“Os pais podem ficar tranqüilos e continuar levando os seus filhos para a escola, temos um quadro de professores ativos suficiente para dar pro seguimento ao plano de aula”, afirmou Marli Cahula.
Sobre as reivindicações dos professores grevistas, Marli Cahulla, disse que a proposta oferecida pelo governo de Rondônia, chegou ao limite dos recursos, por isso não há possibilidade de prosseguir nas negociações.
“Foi oferecido um aumento salarial de 4,5% e junto com esse reajuste uma gratificação de R$ 200 reais, isso está dentro das possibilidades do governo e qualquer outra valor que esteja acima desse não pode ser negociado por motivos de óbvios de gerenciabilidade, os sindicalistas lideres da greve sabem disso”, disse a secretária.
Outro ponto discutido durante a coletiva de imprensa, foi sobre uma afirmação do governador de Rondônia, Ivo Cassol, de que as negociações não chegassem a um acordo definitivo, a proposta de gratificação de R$ 200 reais, seria tirada de pauta.
“Eu acredito que não chegaremos a esse ponto, pois a greve está caminhado para o final, os grevistas estão pedindo o dobro dessa gratificação, e isso é totalmente inviável para os cofres públicos, com essa gratificação e com o reajuste de 4,5%, os professores terão seus salários reajustados em quase 18%”, falou Marli Cahula.
A secretária concluiu a coletiva afirmando estranhar o fato de greves como essa sempre acontecerem em anos eleitorais.
“Nós temos que parar e analisar quais são os reais interesses dessa greve, não podemos aceitar questões políticas interferindo na gestão pública, eu reconheço a necessidade dos professores, pois também sou professora, porém aquilo que pode ser oferecido pelo estado já está em pauta, aguardamos o bom senso dos grevistas e que essa greve termine o mais rápido possível”, concluiu Marli Cahulla.