O início do projeto para a construção da ponte binacional Brasil/Bolívia vem carregado de contextos históricos e que fazem parte até hoje dos livros de histórias de ambos os paises.
A construção da ponte que irá ligar a cidade rondoniense de Guajará-Mirim (BR) à cidade boliviana de Guayará-Mirim (BOL) é vista pelo Governo Federal, primordialmente, como pagamento de uma dívida histórica que o Brasil tem com a nação boliviana desde a assinatura do Tratado de Petrópolis, firmado em 17 de novembro de 1903, tratado esse que garantia que o governo brasileiro construísse uma Estrada de Ferro para a Bolívia poder escoar seus produtos pelo Rio Amazonas, esclareceu Miguel de Souza, diretor de planejamento e pesquisa do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte).
“O projeto está pronto desde o ano passado, como se trata de uma obra internacional os recursos tem prioridade no Governo Federal”, afirmou Miguel de Souza.
Nesta terça-feira (15), na cidade de Guajará-Mirim, uma comissão de técnicos do DNIT irá realizar uma audiência pública no Campus da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) para informar a sociedade sobre os procedimentos técnicos do projeto, assim como possíveis impactos ambientais que a obra poderá causar.
“Acredito que o benefício que essa ponte irá trazer para a comunidade de Guajará-Mirim, supera qualquer impacto que possa ocorrer, pois essa obra irá fazer renascer a auto-estima do Guajaramirense além, é claro, da oportunidade de mais de 500 empregos diretos durante a construção”, ressaltou ainda Miguel de Souza.
Outro aspecto que foi ressaltado pelo diretor de planejamento e pesquisa é que a ponte vai fortalecer a cidade como ponto turístico.
“O potencial turístico de Guajará-Mirim é impressionante, além de vários locais que retratam a história de Rondônia e do Brasil, também existe o aspecto do turismo ambiental muito visado por turistas de todo o mundo, lembrando também que a ponte será mais uma alternativa de saída de carro para o pacifico”, disse ele.
A construção da ponte será realizada com recurso financeiro nacional, assim como toda a elaboração do projeto. Caso tudo seja feito dentro das expectativas a obra terá início em julho de 2010.