Se depender da administração Sobrinho, a cultura portovelhense vai continuar de pires na mão – Por Valdemir Caldas

Se depender da administração Sobrinho, a cultura portovelhense vai continuar de pires na mão – Por Valdemir Caldas

Se depender da administração Sobrinho, a cultura portovelhense vai continuar de pires na mão – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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O dinheiro que o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), reservou, no orçamento do município, para ser investido, na produção cultural, é uma piada de extremo mau gosto, principalmente, em se tratando de uma administração que se diz preocupada com as questões culturais do nosso povo e da nossa gente.
 
O orçamento da Fundação Cultural de Porto Velho, para promover e garantir as manifestações culturais, artísticas e folclóricas do município, não passa dos setecentos e trinta mil reais. Para ser mais exato, são setecentos e vinte e sete mil, quatrocentos e noventa e três reais.
 
Desse montante, seiscentos e seis mil, quatrocentos e noventa e três reais vão para subversões sociais. Doze mil são para pagamento de diárias. Trinta mil serão gastos em material de consumo (despesa com combustível, material de construção e de expediente, dentre outros produtos).
 
Ainda desse valor, dez mil reais serão aplicados em premiações. Nove mil, em passagens e despesas com locomoção; e vinte mil, para a aquisição de equipamento e material permanente.
 
Os produtores fonográficos e escritores permanecerão de pires na mão. Para a produção fonográfica e edição de material gráfico e literário, a administração Sobrinho destinou quarenta e cinco mil reais. Isso mesmo, quarenta e cinco mil reais!
 
Enquanto isso, o gabinete do prefeito estima torrar, somente com o pagamento de diárias, mais de cento e vinte e oito mil reais.
 
Diante disso, pergunta-se: onde estão as promessas de campanha de apoio à publicação de obras de escritores e poetas, veteranos ou principiantes?
 
A possibilidade de reedição de clássicos da literatura rondoniense, desde há muito esgotados, com raríssimos exemplares guardados, por uns poucos bibliófilos e completamente desconhecidas das novas gerações, foi para as calendas gregas.
 
Se forem esperar pelo estímulo da administração petista, os jovens compositores de talento vão continuar impossibilitados de gravar suas canções e os grupos teatrais impedidos de encenar suas peças. E o que dizer das artes plásticas e dos festivais de cinema?
 
Alguns heróis anônimos até que se têm esforçados para conduzir a cultura portovelhense ao galarim de seus melhores triunfos, mas em geral são barrados pela muralha da indiferença de certos dirigentes públicos.
 

É triste reconhecer, mas se dependerem da ajuda oficial, artísticas e escritores portovelhense continuarão vagueando pelos gabinetes governamentais e empresariais em busca de favores, na humilhante condição de pedintes importunos.

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