Caminhoneiros que estão há horas na fila quilométrica de Estrada do Belmont, no bairro Nacional, zona Norte de Porto Velho, estão indignados com o sexto protesto em um ano – segundo o caminhoneiro Anderson Santos -, pois para eles o movimento não tem força para mudar a situação da comunidade. De acordo com Anderson, que sempre trafegou pela Estrada do Belmont e já presenciou vários protestos durante sua carreira, a situação está se banalizando, pois ainda não viu nenhum resultado concreto após qualquer tipo de protesto realizado naquele setor.
Segundo ele, os resultados nunca foram positivos e o mais novo exemplo de projetos no bairro, com âmbito negativo, são os da rede de abastecimento de água pela empresa Andrade Gutierrez e a obra de asfaltamento e ampliação da avenida Fharquar com o bairro, pois há mais de três anos vem castigando o povo da região da Fazenda Milagres – nome original do bairro e que consta na Secretaria de Patrimonio do Estado de Rondônia.
Por outro lado a liderança do bairro, sob a ótica de membros da associação de moradores é que os protestos não podem parar até surtir efeito nas administrações municipal e estadual. Diante das circunstâncias o protesto continua e segundo moradores, políticos estão prometendo solucionar de uma vez por toda os problemas que acarretam aquela comunidade.
“A sociedade rondoniense está mais informada e desta vez vamos lutar pelos nossos direitos. As construções das usinas estão aí e cadê as compensações? Cadê a organização de executar o serviço? Cadê a justiça do nosso Estado? Temos que nos unir para solucionar e todo mundo viver com o mínimo possível de problemas na capital e no estado”, desabafou Ilzomar Araújo, Presidente da ASCOMABAN (Associação Comunitário de Moradores e Amigos do Bairro Nacional).