O povo indígena Paiter Suruí, ressalta através de exposição fotográfica, os 40 anos de contato do povo indígena com a sociedade não indígena. Aproximadamente 50% do povo suruí morreu de doenças após o primeiro contato. No lugar das comemorações ou lamentações, típicas de datas históricas, a comunidade Suruí promove uma reflexão itinerante, tanto na capital como no interior do Estado.
Em Cacoal, a programação cultural e de reflexão se estende de 31 de agosto a 07 de setembro no Teatro Cacilda Becker. De 09 a 12 de setembro de 2009, nas dependências da Unesc, Faculdades Integradas de Cacoal.
O povo Paiter Suruí vive na Terra Indígena Sete de Setembro, numa área de 247.870 hectares, banhada pela bacia do Rio Branco em região fronteiriça, ao norte do município de Cacoal (estado de Rondônia) até o município de Aripuanã (estado do Mato Grosso).
Na época do primeiro contato, em 1969, eram mais de cinco mil suruís. Poucos anos depois restavam apenas 300. Atualmente, vivem nas quatro aldeias da terra indígena, pouco mais de 1.500 índios. A ruptura representada pelo contato ainda está viva na memória da comunidade, sendo que muitos anciãos e algumas lideranças atuais o presenciaram.
Desde então, os Suruí buscam uma nova forma de relação entre eles e a sociedade, na perspectiva de autonomia e cidadania planetária, baseada em projetos de sustentabilidade.
As condições de Saúde e Educação na comunidade, ainda não são as desejadas, relata o líder Almir Suruí, mas a perspectiva de melhorias existe e está presente nos projetos desenvolvidos pelas lideranças.
“Estamos inserindo políticas que possam manter a floresta em pé e fazer seu uso com base no manejo sustentável e com planos para os próximos 50 anos”, destaca o líder do povo Paiter.