O segmento de produtos, equipamentos e suprimentos médicos fecha o primeiro semestre de 2009 com uma perspectiva positiva. Estudo encomendado pela Associação Brasileira de Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), com base nas estatísticas do governo, demonstra que, apesar da crise financeira mundial, o número de empregos e de vendas do setor cresceu. Emprega diretamente 97,6 mil trabalhadores, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
O setor de produção também apresenta uma retomada. Segundo dados do IBGE, as vendas de artigos médicos, farmacêuticos e de ortopedia cresceram 13% entre janeiro e maio de 2009, na comparação com o mesmo período de 2008. O diretor da Abimed, Reynaldo Goto, destaca que este movimento ocorreu por conta da queda da taxa de câmbio. “A produção de equipamentos e produtos médico-hospitalares se manteve em alta, apesar dos efeitos da volatilidade cambial. O setor está num bom momento e nossa perspectiva é de um crescimento de 10% em 2009”, afirma.
Para Goto, o aumento do número de postos de trabalho na indústria médico-hospitalar reflete com segurança o crescimento do setor de produção e do aumento nas vendas. O comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso médico-hospitalar foi o que mais cresceu entre janeiro e junho de 2009, gerando 12% a mais de vagas em relação ao mesmo período do ano passado.
“A demanda por equipamentos de saúde continua em alta, pois as inovações tecnológicas propiciam diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e uma redução de custos em toda a cadeia da saúde. Esse é um quadro positivo que vem se desenhando desde o ano passado, apesar da turbulência econômica. O aumento no volume de vendas é um sinal”, afirma.