O crime que domina Porto Velho - Por Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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Verdadeiramente, não é mais possível conviver com a realidade criada na capital portovelhense pela existência de tanta impunidade em torno do crime. A situação chega a ser estarrecedora.
Uma amostra espantosa desse estado de promiscuidade generalizada registra-se a cada dia, quando pessoas são brutalmente assassinadas; outras têm suas casas arrombadas e seus bens surrupiados, numa autêntica orgia de impunidade, em que criminosos de todos os matizes vêm semeando o terror.
O crime, seja ele organizado ou não, tomou proporções de calamidade. A pacata urbe de antanho, transformou-se em cidade sem lei e sem ordem, assinalando uma escalada de violência que não pode deixar de preocupar a todos.
Fatores os mais variados contribuem para isso, dentre eles a morosidade da justiça de fazer andar a máquina punitiva dos crimes com a velocidade exigida pelas circunstâncias.
Na outra ponta, está à inexistência de uma estrutura penitenciária capaz de abrigar entre suas paredes todos aqueles que delinqüem contra a sociedade e contra o patrimônio público.
A violência galga escalas inimagináveis. Os crimes contra a vida e o patrimônio avolumam-se em dimensões gigantescas, dando lugar ao aparecimento de novas tumefações sociais.
É difícil aceitar, mas Porto Velho é uma cidade desguarnecida e entregue à marginalidade formadora do submundo, embora autoridades da segurança pública insistam na tese de que os índices de criminalidade vêm caindo, especialmente na capital.
Uma transformação moral é pré-requisito indispensável para se começar o processo de mudança, principalmente, hoje, quando vemos os valores humanos sendo brutalmente invertidos.
A população, que paga tantos impostos ao governo, para serem aplicados na melhoria e ampliação dos serviços que lhe deveriam ser prestados pelo poder público, como segurança, saúde e educação, não merece sofrer esse descalabro criminoso, vivendo uma espécie de guerra civil, com marginais ditando as regras do jogo.
Nem os templos religiosos escapam à ação do banditismo, que vem praticando todo tipo de orgia contra a sociedade e desafiando a polícia.
Até quando isso vai perdurar? Certamente, até o dia em que as autoridades resolverem encarar o problema com mais ação e menos discurso.
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