Desfecho do drama vivido pelos servidores da justiça em ariquemes não foi o que esperava o Tribunal de Justiça
Depois de ser atendido em todas as suas exigências, inclusive de retornar ao município de Buritis, onde residia, levando consigo uma refém, a escrivã Sussy, João Carlos Patrian, tombou morto por volta das 16 horas da tarde de sexta-feira (31/08), após em total estado de descontrole emocional disparar a esmo e na direção de populares em uma sorveteria, para onde levou a escrivã Sussy, a qual mantinha como refém.
De acordo com o Tenente Coronel PM, Atilio, que esteve no comando do comitê de gerenciamento de crise, enquanto durou a tomada de refém no Fórum de Ariquemes, disse que a ação do grupo tático da Polícia Militar foi dentro dos parâmetros, visando proteger, inclusive, a integridade das pessoas que se encontravam em local público.
O presidente em exercício do Tribunal de Justiça de Rondônia, Desembargador Moreira Chagas, esperava outro desfecho e tudo fez para que o final fosse diferente. Inclusive, desde a noite de quinta-feira (30/08) esteve em permanente contato com os magistrados em Ariquemes autorizando o que fosse necessário para se resolver o impasse imposto pelo tomador dos reféns.
Em relação ao cidadão que invadiu o Fórum e fez reféns servidores e estagiários do cartório da 2ª Vara Criminal de Ariquemes, sua posição é de que, em condições emocionais normais certamente seria incapaz de proceder da forma que todos tomaram conhecimento. E que, embora tivesse atribuído seu transtorno e desequilíbrio a decisão da justiça, os fatos indicam que sua desestrutura psicológica tenha origem em questões outras que não envolvem diretamente o Judiciário.
O presidente do TJ-RO solidariza-se com os familiares do senhor João Carlos Patrian, pelo ocorrido, e com os familiares daqueles que estiveram reféns por quase trinta horas e que finalmente não mais estão vivendo a tensão a que foram submetidos.