Os trabalhadores em educação do Estado, em greve desde segunda-feira, dia 06/08, ocuparam na tarde desta terça-feira a galeria e os corredores da Assembléia Legislativa em protesto contra a aprovação de leis que retiram direitos da categoria. Centenas de professores e funcionários de escolas, juntamente com a direção do Sintero, afirmam que só deixarão o prédio do Legislativo mediante um processo de negociação. Eles estão dispostos a passar a noite na Casa de Leis.
A sessão ordinária desta terça-feira foi interrompida e suspensa alguns minutos após ter sido aberta por causa da manifestação. O presidente da Casa, deputado Neodi Oliveira, chegou a ameaçar a expulsão dos trabalhadores em educação das dependências da Assembléia. Uma comissão formada pelos deputados petistas Ribamar Araújo, Professor Dantas e Néri Firigolo, além do deputado Maurão de Carvalho, iniciou as negociações com a direção do Sintero. Eles apresentaram uma lista de 14 deputados que se propõem a intermediar um acordo. São eles: Luizinho Goebel, Professor Dantas, Ribamar Araújo, Daniela Amorim, Wilber da Astir, Tiziu, Jair Mioto, Néri Firigolo, Luiz Cláudio, Ezequiel Neiva, Maurinho, Amauri dos Santos, Valter Araújo e Jesualdo Pires.
Os parlamentares se propuseram a tentar convencer o Executivo a vetar as leis que retiram direitos dos trabalhadores em educação, para, em seguida, estabelecer um processo de negociação das reivindicações da categoria. Os profissionais da educação querem reposição das perdas salariais, implantação do Plano de Carreira unificado, gestão democrática nas escolas estaduais, o retorno do auxílio saúde para os servidores aposentados, e a atualização do valor do auxílio saúde dos servidores da ativa.
Durante a manifestação na galeria da Assembléia Legislativa os grevistas deram as costas para os parlamentares em sinal de protesto pela votação e aprovação de leis que retiram direitos da categoria. Os deputados Alexandre Brito (PTC) e Miguel Sena (PV), que tentaram acabar com o Sintero através de uma CPI ilegal, zombavam dos trabalhadores em educação com gargalhadas, e por isso foram vaiados.
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