Os trabalhadores em educação no Estado de Rondônia, que já tiveram o terceiro melhor salário do país, amargam uma defasagem que os coloca em décimo segundo lugar, atrás de Estados considerados menores em população e arrecadação. Na Região Norte Rondônia tem o segundo pior salário, à frente apenas do Estado do Pará. Este índice foi denunciado pela direção do Sintero durante a Marcha Estadual em Defesa e Promoção da educação, que levou milhares de trabalhadores em educação a uma passeata pelo centro de Porto velho na manhã desta quarta-feira.
A presidente do Sintero, Claudir Mata, explicou que para comparar os salários pagos pelos governos estaduais aos trabalhadores em educação é preciso considerar a carga horária e a carreira. Alguns Estados brasileiros adotam carga de 20 horas, enquanto outros têm carga de 25, 30, 35 e 40 horas, como é o caso de Rondônia. Segundo ela, só no governo Cassol a categoria acumula perdas salariais que ultrapassam 12%. “A nossa reivindicação de reposição salarial de 47% busca recuperar, também, as perdas registradas nos governos anteriores”, disse.
A manifestação reuniu trabalhadores em educação de todo o Estado e faz parte da VIII Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, movimento orientado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A passeata saiu do Sintero e percorreu as ruas centrais de Porto Velho, passando pela Assembléia Legislativa, Tribunal Regional do Trabalho, Tribunal de Justiça, sendo encerrada na Praça do Palácio do Governo.
Além dos trabalhadores em educação, a manifestação contou com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Rondônia, que protestou por uma política de segurança pública; e do movimento estudantil, que exige ensino de qualidade e passe livre no transporte coletivo.