Cientista político da Escola do Legislativo participa de seminário sobre América Latina

Cientista político da Escola do Legislativo participa de seminário sobre América Latina

             Cientista político da Escola do Legislativo participa de seminário sobre América Latina

Foto: Divulgação

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O cientista político João Paulo Viana, professor da escola do legislativo, Fimca e Faro, participou como debatedor do seminário: Dos Andes aos Pampas: integração e cenários na América Latina, realizado nos dias 16,17 e 18 deste mês na Federação das Indústrias do Ceará e Universidade Estadual do Ceará. O seminário foi promovido pelo mestrado em Políticas Públicas da Uece, e teve como organizadores o cientista político cearense Josênio Parente, os sociólogos Hermano Ferreira Gomes, Horácio Frota, além da socióloga e historiadora Lucili Grangeiro, diretora da Editora da Uece. Durante três dias, acadêmicos, estudantes de graduação e pós-graduação refletiram sobre as questões do processo de globalização e a integração latino-americana num ambiente propício ao debate e à reflexão. A abertura do evento, no último dia 16 no auditório da FIEC, contou com a palestra do sociólogo argentino, professor da Universidade de Buenos Aires, Torcuato di Tella. Di Tella tratou sobre o tema dos partidos políticos populares na América Latina, ressaltando que cada vez mais os partidos do continente sul-americano tendem a se concentrar em blocos ideológicos de (centro) direita ou (centro) esquerda, seja num sistema bi-partidário, seja num sistema de bi-coalizões. O sociólogo ressaltou ainda que a dicotomia direita-esquerda sofreu mudanças consideráveis após o colapso do socialismo soviético e a queda do muro de Berlim, e que também, é necessário para definir as posições ideológicas, observar o quadro nacional, respeitando as peculiaridades de cada país. Como exemplo o pensador argentino citou o caso americano, onde não há dúvida que o Partido Democrata representa a esquerda, enquanto o Partido Republicano, a direita. O seminário contou ainda com a participação de nomes conhecidos no estudo da política latino-americana como o professor José Briceño-Ruiz, da Universidade de Los Andes, além do professor da Universidade de Brasília José Flávio Sombra Saraiva, diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, que proferiu palestra sobre o tema “Perspectiva Brasileira na América Latina: democracia e diplomacia”. Sombra Saraiva salientou que a política externa de Lula é sem dúvida um dos pontos mais altos do governo, ressaltando a importância do Brasil como condutor do processo de integração do continente. No último dia do seminário, pela parte da manhã, no auditório da Universidade Estadual do Ceará, a cientista política Maria Regina Soares de Lima, do IUPERJ e da PUC-RJ, ministrou palestra sobre o papel do Brasil na América Latina. O encerramento pela parte da tarde aconteceu na Federação das Indústrias do Ceará, com a palestra do cientista político cearense Clayton Mendonça Cunha Filho. Cunha Filho abordou a conjuntura política boliviana após a eleição de Evo Morales, ressaltando as dificuldades para a implementação de um sistema democrático na Bolívia, marcada por uma forte clivagem étnica, cultural e social, onde a recusa da elite em aceitar a nova Constituição impossibilita avanços na construção da democracia. O cientista político rondoniense João Paulo Viana questionou os empecilhos para a implementação de um sistema democrático, indagando sobre a possibilidade do aprimoramento da democracia boliviana seguir o modelo consociativo, existente em países marcados por tais clivagens, étnicas, lingüísticas e religiosas. Cunha Filho analisou como improvável a implementação de uma democracia do tipo ocidental em solo boliviano mesmo que seguisse o modelo consociativo, existente em páises como Bélgica, Holanda e Suíça. A cientista política Maria Regina Soares de Lima acrescentou que no caso boliviano o quadro é de incerteza, salientando que o governo Evo Morales tem se pautado na mediação dos interesses com muita cautela.
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