Este ano o nível do rio Madeira na capital não irá alcançar a máxima já registrada, como a que acorreu em 1997 quando chegou a 17,52 metros acima do nível. Esta informação foi repassada pela Chefe de Divisão Ambiental do Sipam (
Sistema de Proteção da Amazônia), Ana Cristina Strava. Segundo Ana Cristina o nível do rio Madeira apresentou durante as últimas semanas uma leve estabilização.
“Para que esse evento pudesse se repetir seria necessário que o nível do rio estivesse hoje com 16,72 metros. Os níveis mais altos do Madeira ocorrem durante a primeira quinzena do mês de abril. O volume de água do rio está constante em 16 metros”, disse.
Apesar da estabilidade do nível do rio Madeira, há a possibilidade de chegar à cota de alerta até o início da próxima semana, devido às chuvas que estão previstas na bacia do rio Beni que tem influência direta nas cheias do Madeira. As chuvas que ocorrem na bacia aumentam o volume do rio após cinco dias do evento ter ocorrido.
De hoje até a próxima segunda-feira (7) é esperado um grande volume de chuva na Bolívia, o que irá contribuir para que o nível do rio permaneça na zona de alerta, relatou o metereologista Luiz Alves. No entanto ele alertou que as chuvas na região devem reduzir a partir da segunda quinzena de abril.
ZONAS DE RISCO
Os bairros da cidade que são considerados a maior zona de risco são: Nacional, São Sebastião I e II, Baixa União, Cai N’água e Santa Barbara. Em alguns pontos dos bairros citados muitas famílias já foram remanejadas.
O Sipam trabalha em parceria com a Defesa Civil realizando o mapeamento das Zonas de Risco. O Sipam recebe com 24 horas de antecedência os dados sobre o nível do Madeira. Em casos de alagamentos maiores e que necessitem do remanejamento da população a Defesa Civil é avisada com bastante antecedência para tomar as medidas necessárias em relação às comunidades que habitam as zonas de risco.
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