Tem-se verificado, nos últimos dias, o crescimento da pré-candidatura do vereador David Menezes Erse, na corrida pela prefeitura de Porto Velho.
Na semana passada, conversei sobre o tema, com pessoas dos mais diferentes segmentos da população. Impressionou-me, contudo, o encantamento de muita gente com o representante do Partido Comunista.
Alguns, no entanto, acreditam, cegamente, na vitória do jovem vereador. Mas ele sabe que não será tarefa fácil desbancar o atual prefeito Roberto Sobrinho.
Ensina-nos a história, entretanto, que eleição se ganha e se perde no dia. Os exemplos são fartos. Até a somatória dos votos, muita água ainda vai correr debaixo da ponte.
Não é por demais lembrar, todavia, que Fernando Henrique Cardoso perdeu a prefeitura de São Paulo para Jânio Quadro, ao cometer a asneira de dizer que não acreditava em Deus, durante uma entrevista. FHC deixou-se até fotografar, sentado na cadeira de prefeito. Computados os votos, veio à decepção.
Aos que não o conhecem, esclareço que a coerência tem sido a tônica de David Erse, desde o primeiro momento em chegou à Câmara Municipal de Porto Velho, notabilizando-se pela defesa intransigente dos interesses sociais, com relevo para os setores mais carentes.
Colocar a administração municipal nos eixos, tornar o município mais digno aos olhos da população, reduzir gastos inúteis, capacitar os servidores e pagar-lhes salários condizentes, como pretende David, é ilusão para certos alienados, acostumados aos vícios do poder, exceto para esse moço aguerrido.
Não podemos projetar o futuro, amarrados a um modelo político-administrativo arcaico, com suas estruturas em adiantando processo de decomposição, que só interessa aos politiqueiros nostálgicos.
Precisamos repudiar o anacronismo, a incúria e a incompetência administrativa, despertando, assim, para a importância de nossas responsabilidades, para a educação, que liberta o cidadão e o eleva como mandatário de seu próprio destino.
O povo não pode continuar votando nos falsos moralistas de antanho, apenas por mero capricho de sujeição. É utopia pensar que os problemas que afligem o cotidiano da municipalidade serão resolvidos à base de discursos bombásticos e promessas messiânicas.
A pré-candidatura do vereador David Erse tornou-se, por um processo cívico espontâneo, o símbolo de um movimento de renovação política, que se espalha pelos quatro cantos do município.
Precisamos de lideranças autênticas, que se ajustem à realidade do pensamento moderno, para construir, com acerto, o futuro desejado por todos.
Um povo que se diz dominado pela ânsia de renovação não pode deixar-se persuadir por uma mentalidade política ultrapassada e carcomida pela ferrugem do fisiologismo, do clientelismo, do amoralismo, do nepotismo e de outros “ismos” condenáveis.
Inadmissível, contudo, é que renunciemos a votar como nossa consciência, sob argumentos os mais estapafúrdios, que mal escondem os terríveis preconceitos que ignoram evidências e podem nos condenar a reger nossas vidas pela bússola do oportunismo.