A Independência do Brasil completará 200 anos em 2022 e, para marcar a data, professores, pesquisadores, movimentos sociais e entidades apresentaram o projeto "Portal do Bicentenário". O lançamento será nesta segunda,6, às 22 horas.
Nesta data, haverá uma "virada" de 26 horas de lives e debates, que terminam na terça-feira,7, sobre os 200 anos da Independência do país.
O portal trará de forma gratuita os mais variados conteúdos voltados à educação básica para discutir a independência do país para além dos livros escolares. Haverá sequências didáticas, relatos de práticas, espaço para material acadêmico, dissertações, livros e vídeos.
A ideia é ser um "hub" onde possam ser encontrados temas e abordagens que, antes, não estavam sendo pensados. O objetivo é propor um pensamento crítico sobre o período em que o país deixou de ser colônia portuguesa, incluindo os diversos movimentos locais que levaram à construção da nação ao longo de duzentos anos. E, para além disso, instigar o debate sobre o país que vamos construir para o futuro.
Segundo os pesquisadores que integram a iniciativa em rede, o debate já se faz necessário porque vivemos uma época de retrocesso de direitos adquiridos e pouco se fala sobre o que queremos preservar, e qual nação pretendemos ser.
"A gente está vivendo um forte retrocesso de direitos. Isso nos remete à responsabilidade de iniciar já um debate que possa ocorrer de forma aprofundada, e não só em 2022, em meio aos debates eleitorais, quando haverá um caldo tenso e intenso em meio à possibilidade de parir outro país ou, minimamente recuperar parte do que perdemos", afirma Luciano Mendes, coordenador do projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil, e um dos integrantes da equipe do Portal do Bicentenário.
Sobre o Portal do Bicentenário
O Portal do Bicentenário é uma iniciativa em rede que tem como marcas a inter e a transdisciplinaridade de conteúdos e ações que promovam o diálogo entre saberes e práticas de professores e professoras; de estudantes da educação básica e do ensino superior; de povos tradicionais e de movimentos sociais, além de coletivos democráticos de todo o Brasil.
A ação é uma parceria com 61 entidades e grupos de pesquisa, centros e núcleos de pesquisa, projetos de extensão e de ensino, além de envolver relação direta com inúmeras redes de ensino pelo país, como também sindicatos e movimentos sociais. Nesta parceria, temos o apoio e a integração de instituições e sociedades científicas e sociais, universidades federais e estaduais, programas de pós-graduação e departamentos de graduação. Somos muitos, múltiplos e desejamos ser ainda mais coletivos.
FONTE: BRASIL DE FATO