O documentário destaca as vivências e relações com o festejo das populações ribeirinhas e indígenas que habitam e preservam o Vale do Guaporé
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A Festa do Divino, uma grande romaria amazônica que acontece anualmente no Vale do rio Guaporé, na fronteira de Rondônia com a Bolívia, é tema do filme “O Divino Guaporé”, dirigido pelo professor Ederson Lauri, do Departamento Acadêmico de Ciências da Educação, Daced, no campus Universidade Federal de Rondônia/Ariquemes. Ele é ainda coordenador do Laboratório de Narrativas Visuais Universidade Federal de Rondônia, LabNavi.
O documentário destaca as vivências e relações com o festejo das populações ribeirinhas e indígenas que habitam e preservam o Vale do Guaporé. Nesse sentido, a produção do documentário tem o objetivo de revelar a importância histórica, o conhecimento e a tradição mantida pelos comunitários que constroem por longos anos a festa.
Para o diretor Ederson Lauri, o filme é uma forma de preservar a memória de parte significativa e pouco conhecida da cultura rondoniense, além de ser um documento histórico para as futuras gerações da região. “O documentário é uma forma de presenciar o Divino em tempos de pandemia. A Festa do Divino orienta a vida dos Romeiros, da comunidade do Vale do Guaporé, e nesses dois anos que não aconteceu a festa, devido à pandemia, a comunidade está ansiosa em assistir e resgatar um pouco da memória desse momento”, diz o diretor.
Os materiais audiovisuais e fotográficos que compõem a narrativa foram coletados durante dois anos de acompanhamento da Romaria, entre 2018 e 2019, fruto do projeto de extensão do Laboratório de Narrativas Visuais, da Universidade Federal de Rondônia. Dessa maneira, o documentário foca nas entrevistas e membros do Divino e suas histórias de fé, resistência e paixão pela tradição. A produção conta com recursos da Lei Aldir Blanc, através do Edital Jair Rangel Nº 78/2020/Sejucel-Codec, Eixo III, Item III, Porto Velho/RO (2020).
O Festa do Divino
O grande festejo acontece durante 55 dias consecutivos, percorre, pelo rio, aproximadamente 1.000 quilômetros e envolve diretamente um total de 41 comunidades, entre ribeirinhas, quilombolas e indígenas em 24 horas diárias de atividades religiosas e não religiosas. Os anos de 2020 e 2021, devido à pandemia, foram os únicos anos que a cerimônia não aconteceu ao longo dos 126 anos de festa que teve seu início no século XIX.
Fora do eixo das grandes capitais amazônicas, o filme retrata a dimensão humana, simbólica, histórica e cultural presente na manifestação religiosa de parte interiorana do estado de Rondônia. É uma forma de afirmar que existe uma cultura, memória e presença dos povos amazônicos por todos os cantos, fronteiras e profundos dos rios.
Autor:Unir
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