EVENTOS: Em reunião com Bolsonaro, cantores sertanejos pedem fim da meia-entrada

“Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de alguns setores sem compensação”.

EVENTOS: Em reunião com Bolsonaro, cantores sertanejos pedem fim da meia-entrada

Foto: Divulgação

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Durante reunião do presidente Jair Bolsonaro com promotores de eventos culturais, artistas e cantores sertanejos nesta quarta-feira,29, o representante da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori, defendeu o fim da meia-entrada em eventos culturais.

 

“Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de alguns setores sem compensação. Nós precisamos corrigir essa injustiça histórica”, afirmou.

 

O locutor de rodeios Cuiabano Lima, o humorista Dedé Santana e cantores como João Neto e Frederico, Henrique e Juliano e Teodoro e Sampaio participaram do encontro na Presidência da República. Bolsonaro colocou-se à disposição do grupo para receber propostas e analisar a edição de decretos que beneficiem o setor cultural e de eventos.

 

Meia-entrada

 

No Brasil, a política de meia-entrada é definida pela Lei Federal nº12.933/2013 que garante o benefício para estudantes, pessoas com deficiência e jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos em espetáculos artístico-culturais e esportivos. Alguns estados e municípios também tem suas leis regionais que estendem o benefício, por exemplo, a professores.

 

De acordo com a legislação, 40% dos ingressos de um evento devem ser destinados à meia-entrada. A partir disso, os promotores podem cobrar o valor total.

 

Regulamentação

 

Caramoni pediu ainda ao presidente Bolsonaro a regulamentação de questões trabalhistas do setor e um novo modelo de cobrança de direitos autorais.

 

Hoje, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), uma associação privada, é o responsável pela arrecadação dos direitos autorais das músicas tocadas em execução pública no Brasil.

 

Emissoras de rádio e televisão, shows, eventos, internet, bares, restaurantes, casas de espetáculos, lojas, boates, cinemas, academias, hotéis, plataformas de streaming, entre outros, são cobrados por direitos autorais. No ano passado, O Ecad distribuiu R$ 986,5 milhões para 383 mil artistas e outros titulares.

 

Fonte: Revista Exame

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