A Companhia de Dança Cristina Pontes se apresentou recentemente no projeto cultural da Justiça Federal em Rondônia, mostrando três módulos performáticos: o incrível Duelo entre a Dança do Ventre e Dança Cigana; Tango, a dança da paixão, e a Coreografia do Leque. Um belo espetáculo. Esta crônica é uma homenagem ao show das belíssimas bailarinas da Cia Cristina Pontes.
AH! ESSAS BAILARINAS!
No palco, são pássaros celestiais, anjos enfeitiçados, místicas invocando a lua cheia.
Seus corpos leves como plumas se movem com sensualidade e graça, para o deleite da platéia.
Seus olhos metem medo aos simples mortais que as assistem, pois exalam ardor e paixão, temor e benevolência, domínio e desafio, a um só tempo.
Seus espíritos iluminados flutuam libertos, como almas do além pregando a paz e a beleza.
No palco, levam todos à hipnose coletiva, e em cada ser que as assistem bate um coração confidencialmente apaixonado por elas.
São platônicos nossos aplausos!
Não são apenas mulheres, são filhas do encanto e da beleza,
Mensageiras das divindades que, por ato de amor, criaram a dança,
Dança que embala o movimento de fortes e boas emoções sacudindo dentro da gente.
Seu credo é de que, bailando, espalham no ar generosas porções de cura para todos os males do mundo.
Curam até espinhela caída, se esse for o mal que acomete o assistente.
Curam o estresse e a gripe da indiferença, a cefaléia do egoísmo e a dor de cotovelo
De um amor perdido.
Com gestos elegantes e delicados, falam da cultura das tribos ciganas, da musicalidade dos povos do deserto e da paixão da gente de nuestra américa,
E seus corpos nos contam estórias para as quais somos crianças embasbacadas com todas as cores do arco-íris a nos tingir os olhos da fantasia.
Ah! Essas bailarinas!
Se elas dançam, eu danço, e dançamos todos nós no compasso da sedução, na asa delta da imaginação, no vôo mágico do tapete tecido por elas no palco da vida.
São belas por dádiva de Deus,
São fadas por encantamento,
São altivas pelo esplendor de sua dignidade,
São guerreiras das lutas gestuais,
São estrelas que nos apaixonam e seguem espalhando luz pelo espaço sideral,
São expressões infinitas do horizonte feminino,
E são, por fim, mulheres impregnadas de imensa dose de amor no recôncavo da alma,
Para que o homem não se sinta só e as ame secreta e profundamente por alguns minutos
Que parecem, e quem dera fossem, a Eternidade!