O mundo artístico/cultural de Porto Velho foi surpreendido no alvorecer do dia de ontem.
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Com o verdadeiro aparato de guerra, usado pelo Exército, para impedir que o governo do estado de Rondônia, retomasse as obras do teatro de Porto Velho.
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A gente, que vive a expectativa de ver a obra do nosso teatro concluída, não pode acreditar no que estava acontecendo.
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Arames farpado, metralhadoras, mais de 100 soldados fortemente armados.]
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Casamata, ponto de observação com armas pesadas apontadas para o meio da rua.
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Ruas interditadas, do tipo “quem está fora não entra e quem está dentro não sai”.
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Tudo isso por ordem do General-de-Brigada Luiz Alberto Martins Bringel, Comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva.
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A pergunta de todos nós, que trabalhamos nos movimentos culturais de nossa cidade, é:
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Era preciso usar de todo aquele aparato?
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A ação lembra os tempos da revolução quando muitos dos envolvidos em movimentos culturais/artísticos, foram presos, torturados e alguns chegaram à morte.
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Será que não existiam outros meios para se embargar a construção ou ação do governo estadual?
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Não estamos aqui questionando quem é o dono do terreno ou quem tem direito sobre o mesmo.
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O que não podemos concordar, é com atitudes do tipo da que foi empregada, para dizer ao governo estadual, que naquele terreno não se pode construir teatro algum.
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Outra perguntinha!
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A obra do teatro começou há 13 anos.
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E por que só agora Exército achou de dizer, que a área é destinada a construção de casas para seus oficiais?
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Tem mais uma pergunta!
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Quanto a operação de “Guerra” montada pelo Exército para ocupar o Flor do Maracujá ou a área do Teatro de Porto Velho está custando aos cofres públicos?
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Quem vai pagar essa conta?
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Não estamos mais em tempo de tolerar essas coisas.
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Com certeza, Rondônia vai voltar a ser noticia nacional como o estado, onde o Exército ainda pensa que está vivendo o tempo da “revolução”.
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Acho que nós, que vivemos o movimento artístico/cultural em Porto Velho estamos “sujos de cocô”.
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Só pode ser “mão de cinza” como dizem os mais antigos, quando uma coisa insiste em não dar certo.
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Faz tempo que estamos “rezando” para o governo estadual dar continuidade a construção do teatro.
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E quando o homem decide autorizar a reativação da construção da obra, vem o Exército dizendo que ali ninguém vai construir nada.
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Quantas terras nossa cidade perdeu e não reclamou durante a ditadura militar?
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Ontem, durante quase todo o dia, várias entidades culturais.
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Na realidade, mais de 20 entidades procuraram o secretário Jucelis Freitas da Secel para manifestar Repúdio contra a atitude do Exército
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Achamos que o negócio não tem que ser da maneira como está sendo feita.
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Existem meios legais para se resolver esses problemas.
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O campo a ser seguido é o do diálogo, é o da negociação. É a busca de uma solução que beneficie ambas as partes.
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O campo de batalha não é o recomendável e nem mesmo o mais coerente.
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Independente de qualquer campo. A cultura de Rondônia merece respeito, seja lá de quem for!