O governo da Angola mandou suspender as atividades da RecordTV no país a partir da meia noite desta quarta-feira (21), bem como de outros jornais, revistas, sites e rádios, devido a “inconformidades legais”. A suspensão foi anunciada pelo secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Carnaval, e o discurso foi transmitido pela TPA, televisão pública angolana. As informações são da agência de notícias alemã Deutsche Welle (DW).
Em comunicado, o Ministério das Telecomunicações justifica que a medida foi adotada devido a inconformidades em relação aos requisitos legais para o exercício da atividade jornalística em Angola. O ministério alega que "a empresa Rede Record de Televisão, que responde pela TV Record África, tem como diretor-executivo uma pessoa que não é angolana e acrescenta que os jornalistas estrangeiros da Record não estão credenciados".
Além da Record, pelo menos outros dois canais também tiveram as atividades suspensas: Zap Viva e Vida TV.
Segundo Carnaval, "infelizmente, as direções destas empresas não cuidaram de corrigir o problema ao longo do tempo que vêm operando no mercado angolano". "Por outro lado, estas empresas, enquanto não procederem a correção em conformidade com os requisitos legais, estarão suspensas do exercício da sua atividade", disse.
"Apelamos que tratem de regularizar a sua situação enquanto empresas de canais de televisão para que possam voltar a manter o contato com a audiência", finaliza o secretário.
A Record TV África, por sua vez, manifestou-se surpreendida com a suspensão das atividades e afirmou que “sempre se pautou pela legalidade nos mais de 15 anos presentes em Angola e em todo continente africano” e que pretende buscar esclarecimentos com o ministério.